O América-MG recebeu Macaé, na Arena Independência, na noite desta terça-feira (6) precisando vencer para seguir no G-4. O Coelho enfrentou um adversário que estava desesperado por conta de sua situação na competição e acabou não encontrando dificuldades para triunfar pelo placar mínimo. O único tento do confronto por foi marcado por Wesley Matos.

Com o resultado, o Coelho chegou aos 51 pontos na competição, deixando o Santa Cruz, que perdeu na rodada, para trás. A equipe de Givanildo Oliveira assumiu a terceira colocação, ficando cada vez mais perto do retorno à primeira divisão. Já o Macaé ficou na 16ª posição, com 34 pontos e, assim, não conseguiu aumentar a distância para o primeiro time da zona de rebaixamento, o Ceará.

As equipes terão então, dez dias para trabalhar, já que a paralisação para as datas Fifa, referentes às Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, se iniciam nesta semana. O América-MG volta a campo agora contra ABC-RN. A partida acontecerá em Natal, no próximo dia 17, às 16h30 (de Brasília). Já o Macaé, joga às 21h00, também no dia 17, mas contra o Paysandu, no Mangueirão, em Belém do Pará.

Coelho aproveita primeiro tempo bom e marca no fim

O América-MG tinha como objetivo claro chegar ao terceiro lugar nesta rodada. Os primeiros minutos de jogo já mostravam o que seria a partida. Com uma ofensividade fora do normal e recomposição veloz, a equipe mineira não dava chances ao Macaé. No lado fluminense, o fantasma da série C, muito presente embora a diferença para o Z-4 seja grande, ainda assusta, e muito. Os erros de passe, causados pelo nervosismo vem a confirmar a pressão pela qual a equipe passa.

Embora o momento fosse ruim, a defesa macaense se mostrava bastante atenta, marcando bem e se postando com força. No outro lado, a defesa do Coelho nem aparecia tanto, já que os mineiros ficavam com a bola na maior parte do tempo. Mas em raras oportunidades, como principalmente em jogadas aéreas, os zagueiros do América agiam rápido, diminuindo espaços e mantendo a bola longe do gol defendido pelo bom goleiro João Ricardo.

Essa superioridade americana se dava principalmente quando analisado o “scout” de finalizações. A primeira do time do Rio de Janeiro só ocorreu aos 27 minutos, pela direita, em bela jogada conjunta, de Aloísio e Pipico. Mas, o momento que era bom para o América, rapidamente se transforma em um pesadelo, mesmo que por apenas alguns minutos. Tudo começa um minuto depois do primeiro chute alvianil. No lance seguinte, novamente Pipico chega chutando, a zaga afasta mal e a bola sobra para Anselmo, que travado pelo zagueiro, chuta, mas a bola vai para escanteio. Na cobrança, Ramon cabeceia e quase marca, mas a bela defesa de João Ricardo é determinante para manter o placar “zerado”.

O América passa por aproximadamente oito minutos de puro sufoco, até que em contra-ataque rápido, Marcelo Toscano encontra Mancini sozinho. O meia tenta cabecear mas tira demais do goleiro Rafael, e a bola vai por cima. Um minuto depois, em cruzamento pela direita, Mancini cabeceia na trave, no rebote, Xavier chuta e Rafael defende. O bom momento era do América, que aproveita, aos 47, após “bate rebate” na área, onde a bola esteve em posse dos jogadores do Coelho por três vezes, até que Wesley Matos conseguiu balançar as redes de Rafael, dando números finais ao primeiro tempo.

Segundo tempo cai tecnicamente, equipes tentam mas erram muito e placar fica inalterado

No intervalo, Josué Teixeira promove uma alteração na sua equipe. Com a entrada de Murilo na vaga de Aloísio, a intenção do treinador era de tornar a equipe mais ofensiva, para buscar o gol e tentar a virada, mas logo no começo da segunda etapa, era visível que a mudança não fizera efeito. O América jogava agora no contra-ataque, já que vencia a partida. Desta forma, não atacava o adversário, que por sua vez, também não tinha forças para tal.

Talvez percebendo o momento do time do Rio, o Coelho começou a levantar bolas na área, tentando assim marcar o segundo gol e matar de vez a partida. Com esse comportamento o elenco de Givanildo se expos, sofrendo contra-ataques rápidos do Macaé, mas sem muito perigo, já que com a saída de Aloísio, a equipe fluminense ficou sem a organização no meio campo, tão necessária para a criação de chances.

O jogo frio na segunda etapa é marcado por alguns cartões amarelos e pouquíssimas invasões a área adversária, exceto pelas situações de escanteios, que de fato representavam algum risco. E desta forma aconteceu a principal oportunidade na segunda etapa, quando aos 45 minutos de jogo, o zagueiro Ramon tentou uma “meia bicicleta”, mas mandou para fora, desperdiçando a chance de empate do Macaé no último lance da partida.