Em jogo emocionante, sobretudo no segundo tempo, o América-MG empatou com o Atlético-MG, por 1 a 1, na tarde deste domingo (8), no Mineirão, e conquistou o Campeonato Mineiro 2016. Como a partida de ida, no Independência, havia terminado 2 a 1 para o Coelho, o time alviverde precisava apenas de um empate para soltar o grito de campeão.

O atacante Clayton abriu o placar para o Galo, mas o lateral/meia Danilo, autor dos dois gols do América no último domingo (1º), empatou a partida em um golaço. Com menos de dez minutos para o término do duelo, o Galo foi para cima em busca do segundo tento. Porém, não conseguiu marcar novamente e o Coelho conquistou seu 16º título de Campeonato Mineiro de sua história.

Agora, o Atlético muda seu foco para a Copa Libertadores da América. Na quarta-feira (11), às 21h45, o clube alvinegro enfrenta o São Paulo, no Morumbi, pelo jogo de ida das quartas de final da competição sul-americana. O América, por sua vez, voltará a campo no próximo domingo (15), às 16h, para receber o Fluminense, na Arena Independência, na estreia do Campeonato Brasileiro 2016.

Galo pressiona, mas não acha o gol

América e Atlético vieram a campo com muitas modificações em relação ao jogo de ida, no Independência. No Coelho, Arthur, Danilo e Victor Rangel começaram como titular neste domingo, enquanto Tiago, Carlos César, Júnior Urso, Hyuri e Carlos iniciaram pelo lado atleticano.

Os primeiros minutos de jogo mostram dois times bem estruturados, apesar de algumas mudanças. O Atlético, porém, superou a monotonia e impôs uma pequena pressão a partir dos dez minutos. Primeiro, o zagueiro Erazo acertou um belo chute após cobrança de escanteio e obrigou João Ricardo a espalmar para a linha de fundo. A equipe alvinegra, em seguida, voltou a levantar a torcida: Marcos Rocha cruzou rasteio na pequena área buscando Hyuri, mas João Ricardo impediu que a bola chegasse aos pés do meia-atacante.

Por sua vez, o América testou o goleiro Victor em um lance um pouco inusitado. O atacante Victor Rangel, que desfalcou o time no jogo de ida devido a uma lesão, acertou uma bicicleta de fora da área e fez seu xará atleticano espalmar para escanteio.

Aproximando o fim do primeiro tempo, o lateral-direito Carlos César avançou pelo flanco e finalizou firme, para a boa defesa de João Ricardo. No lance, contudo, o atacante Carlos sentiu uma lesão e precisou deixar o campo aos 40 minutos: Clayton, titular no jogo de ida, entrou.

Para piorar a situação, o zagueiro Tiago cometeu uma falta boba no meio de campo em cima de Victor Rangel, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Assim, a equipe de Diego Aguirre passou a ficar com dez atletas em campo.

América marca no final e solta o grito de campeão no Mineirão

Apesar de a expulsão de Tiago ao final do primeiro tempo, Aguirre optou por manter um time ofensivo no segundo. Prova disso foi a entrada de Robinho – artilheiro do Campeonato Mineiro com nove gols – no lugar de Hyuri. E o camisa 7 tratou logo de levantar a torcida atleticana, que lotou o Mineirão.

Rafael Carioca cobrou falta na área e Robinho cabeceou com perigo, mas estava em posição de impedimento. Minutos depois, Marcos Rocha avançou à linha de fundo, cruzou para a área e o atacante pegou de primeira, mas João Ricardo defendeu.

A postura do Atlético estava bastante ofensiva na segunda etapa, e aos 12 minutos finalmente conseguiu furar a barreira chamada João Ricardo. Pratto recebeu de Robinho na direita, cortou o defensor e finalizou em cima do goleiro americano. No entanto, Clayton pegou o rebote e, sem marcação, mandou para o fundo da rede. Os torcedores atleticanos ficaram extasiados nas arquibancadas do Mineirão.

O Coelho não se abateu e foi para cima minutos após o árbitro apitar a saída de bola. Bryan passou pela marcação na linha de fundo, cruzou à área, a defesa do Galo afastou, mas a bola sobrou para Leandro Guerreiro: o capitão alviverde soltou o pé e Victor defendeu.

Sob a experiência de Robinho, o Atlético conseguia anular a superioridade numérica do América e visivelmente era a melhor equipe em campo. Para tentar contornar a situação, o técnico do América, Givanildo Oliveira, colocou o atacante Borges em campo; o volante Claudinei foi a bola da vez para deixar o jogo.

E o atacante, que já rodou por vários clubes no Brasil, fez a diferença. Osman levou a bola para a área, Borges escorou para Danilo e o jogador, que havia marcado os gols do América na partida de ida, pegou uma bola na veia, sem chances para Victor.

Agora, era o Atlético quem corria contra o tempo. Faltando cinco minutos para o final do tempo regulamentar, Pratto perdeu uma grande oportunidade na área e aliviou os americanos, que zombavam dos atleticanos no estádio. Por outro lado, Borges desperdiçou mais uma boa chance cara a cara com Victor. Mesmo na pressão, entretanto, o Atlético não conseguiu marcar o segundo o América soltou o grito de campeão no Mineirão.

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