Dois times que com propostas diferentes, porém, muito ambiciosas. O que os diferenciaria só poderia ser a parte técnica. Tal quesito foi primordial para o Corinthians derrotar o América-MG, no Independência, por 2 a 0, e chegar a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. 

Com o resultado, o América-MG amarga a lanterna do Campeonato Brasileiro, com apenas oito pontos e vê seus principais concorrentes na luta contra o rebaixamento. O Corinthians chegou à vice-liderança do Brasileirão com 22 pontos, mesma pontuação do Palmeiras, mas perdendo nos critérios de desempate e com um jogo a mais.

Na próxima rodada, o América-MG vai até à Arena da Baixada enfrentar o Atletico-PR, sábado (2), às 18h30. O Corinthians receberá o Flamengo, domingo (3), na Arena Corinthians, às 16h.

América-MG tem maior posse de bola, mas sai derrotado

No começo da partida, os dois treinadores não ousaram apresentar mudanças na parte tática das duas equipes. Cristóvão Borges escalou os mesmos 11 jogadores que venceram o Santa Cruz, no último sábado, enquanto Sergio Vieira, do time que perdeu para o Atlético-MG, no domingo, sacou Borges e colocou Victor Rangel.

O América-MG tentou apresentar no ataque, mas executou suas investidas de forma pouco produtiva devido à capacidade técnica inferior ao time do Corinthians. A equipe paulistana  também não trabalhou com a eficiência que se espera, principalmente, ao desperdiçar boas oportunidades de contra-ataque.

No entanto, mesmo sem agradar muito, o Corinthians saiu na frente aos nove minutos. Após cobrança de escanteio na entrada da grande área, a bola foi desviada até chegar a Romero que, livre de marcação - e com erro de posicionamento de Leandro Guerreiro - ficou cara a cara com João Ricardo, e não perdoou o goleiro americano. 

Saindo atrás no marcador, o América saiu para o jogo. Ocupou o campo de ataque durante quase todo o tempo, mas sem criar oportunidades de gol. Por sua vez, o Corinthians ficou na defesa esperando a hora certa de sair em contra-ataque. Em duas chances, poderia ter marcado, mas pecou em demorar a definir suas jogadas.

Pressão americana, mas resultados positivos

O segundo tempo apresentou o América-MG se mostrando ainda mais forte no setor ofensivo, correndo riscos por sua postura ofensiva, mesmo sabendo que o Corinthians poderia ser mortal. Por sua vez, o Timão aceitou a pressão americana e foi altamente passivo, perdendo campo para o Coelho e sem aproveitar as disputas de bola na intermediária defensiva do clube paulista.

No entanto, a ofensividade americana era deficiente, pois o setor de criação e o ataque não eram qualificados e não deram trabalho a defesa corintiana e ao goleiro Cássio. O técnico Sergio Vieira alterou a formação inicial, sacando Danilo, Victor Rangel e Alan Mineiro, e colocando Gilson, Borges e Matheusinho. Mesmo com as mudanças, o Coelho não apresentou novas oportunidades de criação.

O Corinthians seguia esperando a certa de contra-atacar, e ela veio aos 28 minutos. Na bola levantada na grande área, o atacante Luciano dominou a bola com o braço, e em seguida, foi agarrado pelo zagueiro Adalberto. O árbitro Wagner Reway (MT) não marcou a infração do corintiano e deu a penalidade máxima para o Timão. Marquinhos Gabriel bateu a penalidade com categoria, deslocando o goleiro João Ricardo para o canto esquerdo.

Sem forças e possibilidades de reação, o América-MG não assustou o Corinthians. O Timão esperou a hora certa de atacar, mas também não soube aproveitar as oportunidades quando teve a posse de bola.