A história destes dois times se cruzaram há 17 anos. Na noite desta quarta-feira (16), ambos voltam a se encontrar brigando por uma taça. Repetindo a final da Copa Conmebol em 1997, Atlético-MG e Lanus (ARG) abrem mais uma edição da Recopa Sul-Americana. Uma decisão em que se enfrentam os campeões da Copa Libertadores da América e da Copa Sul-Americana.

O Lanús vem em uma crescente no futebol argentino, com participações em edições da Copa Libertadores da América, boas campanhas no Campeonato Argentino, tanto no torneio apertura e clausura, além da conquista da última edição da Copa Sul-Americana.

O Atlético-MG segue colhendo os frutos de dois anos muito bem sucedidos. 2012 e 2013. O Galo ganhou dois estaduais, foi vice-campeão brasileiro, conquistou a inédita Copa Libertadores da América, além de ter disputado o último Mundial de Clubes no Marrocos.

Em busca de mais um título

Para chegar a Recopa Sul-Americana, o Atlético-MG venceu a Copa Libertadores da América de 2013. Após uma campanha que colocou em teste os corações de muitos atleticanos, o Galo bateu o Olímpia (PAR) nas penalidades máximas e foi levantou a taça no Mineirão.

Depois de um primeiro semestre bastante irregular sob o comando de Paulo Autuori, o Atlético-MG recomeça sua história em 2014 com o conhecido técnico Levir Culpi como treinador da equipe. Levir tem três passagens bem sucedidas pelo clube alvinegro.

A parada para Copa do Mundo foi benéfica para os atleticanos, para que Levir acertasse o grupo e remontasse a estrutura técnica e tática da equipe. Com apenas um reforço neste período, o meia Maicosuel, o Atlético-MG vem com o mesmo elenco e uma base semelhante a dos primeiros seis meses de 2014.

Para o jogo desta noite, o técnico Levir Culpi iniciou a preparação ainda na excursão atleticana para a China, onde o Galo venceu seus três compromissos. Retornando a Belo Horizonte, a equipe teve folga durante uma semana e depois viajou para a Argentina, se concentrando no Centro de Treinamentos da AFA, em Ezeiza. Após o Mundial, o treinador contou com as voltas do goleiro Victor e do atacante , que serviram a Seleção Brasileira.

Sem problemas para escalar a equipe que iniciará o jogo diante do Lanús (ARG), o técnico Levir Culpi declarou que a equipe que entrará em campo deverá ser a mesma que tem atuado nos últimos jogos, a exceção de Victor, que retorna ao gol atleticano. Já o atacante Jô terá que disputar uma vaga no time com André.

Tudo por mais um título inédito

O Lanús (ARG) quer dar sequência ao período bem sucedido do clube nos últimos tempos. Após ficar a mercê dos grandes Boca Juniors, River Plate, San Lorenzo e Velez Sarsfield, a equipe quer se igualar ao demais rivais, além de colocar mais uma taça Sul-Americana em sua sala de troféus.

Para chegar a esta edição da Recopa Sul-Americana, o Lanús (ARG) faturou a edição de 2013 da Copa Sul-Americana vencendo a surpreendente Ponte Preta, em casa e conquistando seu segundo título continental.

O técnico da equipe é o conhecido Guillhermo Barros Schelotto, que atuou pelo Boca Juniors (ARG) na última década e ganhou, entre outros títulos, quatro Libertadores pela equipe Xeneize enquanto jogador. Schelotto é considerado um dos maiores jogadores da história do Boca.

Em nova função, o treinador tem em seu elenco jogadores conhecidos como o zagueiro Diego Braghieri, ex-Arsenal de Sarandi, o volante Somoza e o atacante Santiago Silva, ambos ex-jogadores do Boca Juniors. O treinador não tem dúvidas quanto a formação que será utilizada contra o Atlético-MG e divulgou a escalação oficial antecipadamente.

Um reencontro após 17 anos

Mesmo sem terem se encontrado durante 17 anos, ambos criaram uma história de rivalidade. Em 1997, argentinos e brasileiros decidiram a sexta edição da extinta Copa Conmebol. Os dois times brigavam pelo bicampeonato do torneio, sem esquecer, é claro, da hegemonia e da rivalidade entre os dois países.

No primeiro jogo, o Atlético-MG não deu chance para o Lanús e venceu por 4 a 1. Após o jogo, jogadores e comissão técnica do time argentino partiram para cima dos atleticanos e protagonizaram uma batalha campal no Estádio La Fortaleza.

Quem levou a pior foi o então técnico do Atlético, Emerson Leão. Na ânsia de defender seus jogadores, ele sofreu lesões no rosto, que implicaram em uma cirurgia na face esquerda. No segundo jogo, um mês depois, o Galo segurou a vantagem e a partida terminou em 1 a 1, com os atleticanos festejando o segundo título da Copa Conmebol.