O Atlético-MG aderiu nesta segunda-feira (25) ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) da Receita Federal para o pagamento de dívidas com a União, divididos em 180 meses. Com isso, o clube conseguirá desconto de R$ 80 milhões na sua dívida total, de R$270 milhões para R$190 milhões, além da entrada de R$25 milhões, retirados do dinheiro bloqueado da venda do atacante Bernard.

Refis é um programa para que pessoas e entidades consigam o parcelamento de dívidas ativas com o governo federal vencidas até o dia 31 de dezembro de 2013. Chamado de Refis da Crise, ele permite a divisão por até 15 anos, além de descontos por número de parcelas. Na segunda-feira, último dia para participar do programa, o Atlético-MG pediu o renegociamento da dívida, que gira em torno de R$ 270 milhões. Com o desconto, a dívida cairá para R$ 190 milhões.

Este pode ser o fim dos problemas do clube com a Receita Federal, iniciado com o bloqueio de R$ 52 milhões da transferência de Bernard ao Shaktar Donestk, da Ucrânia, em 2013. Em outra decisão, já em 2014, a Justiça aumentou o valor do bloqueio para R$ 72 milhões, fazendo a diretoria do Atlético-MG se reunir diversas vezes com a Advocacia Geral da União para liberação do dinheiro. Parte havia sido liberada ao clube, faltando cerca de R$ 36 milhões.

Recebido o valor da negociação desbloqueado, o clube dará como entrada no pagamento do Refis R$ 25 milhões. O restante, R$ 11 milhões, será usado para colocar os salários dos jogadores em dia, além de outros investimentos no futebol. Segundo a Rádio Itatiaia, o departamento financeiro do Atlético-MG confirma que Ricardo Guimarães, ex-presidente do clube e dono do Banco BMG, passa a ser o maior credor, com uma dívida de cerda de R$ 94 milhões.

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Sobre o autor
Filipe Augusto
Mineiro e atleticano.