O lateral-direito Marcos Rocha não manteve o ritmo do primeiro semestre de 2015 após retornar de lesão. As más atuações do camisa 2 alvinegro refletiram nos últimos dois jogos do Atlético-MG, diante de Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro, e Figueirense, pela Copa do Brasil. Com isso, Patric, que está treinando à parte no clube por ter assinado um pré-contrato com o Osmanlispor, da Turquia, seria a solução para o caso.

Levir Culpi, treinador do Atlético, deixou evidentemente, após o empate contra o Figueirense, na última quarta-feira (19), pelo jogo de ida da Copa do Brasil, no Independência, que almeja contar o Patric para o restante da temporada. Apesar de estar longe dos gramados há meses, o lateral é o líder de assistências do Galo no Brasileirão.

Contudo, enquanto o jogador não acertar a renovação de contrato com o clube mineiro, dificilmente estará à disposição de Levir, de acordo com as palavras de Eduardo Maluf, diretor de futebol do Atlético.

O Patric tem um pré-contrato assinado. É um pedido do Levir, que gostaria de contar com o jogador. Infelizmente não tenho nada para falar. A pessoa que está no dia a dia, de fazer negociação, como aconteceu com o Giovanni Augusto. Tudo que a gente colocar, não vamos ganhar nada e a perda pode ser grande. Hoje não podemos colocar nada de Patric”, afirmou o dirigente à Rádio Itatiaia.

A situação de Patric lembra bastante a de Giovanni Augusto. No início do ano, o meia, que estava em fim de contrato, entrou na Justiça contra o clube e recebeu o mesmo procedimento que Patric: ficou treinando separado do elenco. Entretanto, entrou em acordo com a diretoria, retirou a ação na Justiça, renovou contrato e hoje é um dos destaques do time no Brasileirão. Maluf usou o caso de Giovanni como exemplo.

Isso [afastamento] é uma norma interna do clube que serve para os 30 jogadores do elenco. Os atletas que entram para jogar estão em uma vitrine. Se eu não vou contar com esse jogador no fim do ano, não tenho interesse nenhum que ele jogue. Foi assim com o Giovanni Augusto, que ficou afastado e viu que tinha mais a perder do que a ganhar. Isso é uma determinação da diretoria. O jogador que não renovar com o clube a seis meses do fim do contrato estará fora”, enfatizou.

O dirigente também descartou quaisquer reforços que chegue somente para dar satisfação pelas saídas de Maicosuel e . “A vontade do Daniel [Nepomuceno, presidente] é de manter o time titular, o que é muito difícil no futebol brasileiro nos dias de hoje. Desde o início, o Levir coloca para nós que o importante é estar com o salário em dia. Conseguimos manter um grupo espetacular. Se aparecer qualquer reforço que a gente entenda que vai nos ajudar, temos condição de contratar. O que não podemos fazer é contratar para dar satisfação porque saíram dois. Os jogadores que têm sido oferecidos são abaixo dos que temos aqui. Mas se aparecer um nome bom de consenso entre o Levir, o presidente e o diretor, não se iluda que o Atlético tem condição de trazer”, afirmou.

O dirigente ainda revelou que vendeu Maicosuel para obter dinheiro para comprar os direitos do meia Rafael Carioca e do lateral-esquerdo Douglas Santos.