A dupla Atlético-MG e Cruzeiro foi punida na última quarta-feira (2) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva com multas de R$ 10 mil pelo chamado “acordo de cavalheiros” no Campeonato Brasileiro do ano passado. Vasco e Sport também receberam a mesma punição.

Outros oito clubes foram denunciados pela prática comum no futebol brasileiro: Corinthians, Flamengo, Internacional, Grêmio, Coritiba, Palmeiras, Goiás e São Paulo. Esses clubes, por sua vez, acabaram absolvidos na soma dos votos dos relatores do tibunal.

“Esses clubes devem responder por isso e, para a Procuradoria, devem ser condenados, exceto os atletas que tem a comprovação de que não atuaram por lesão ou por comprovação específica”, justificou o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt.

Os clubes foram julgados pelo Pleno do STJD pelo veto na escalação de atletas emprestados quando os jogadores tinham condições de enfrentar as equipes as quais pertenciam. A prática é proibida pela Fifa e pelo artigo 33 do Regulamento de Registro e Transferência da CBF.

No caso do Atlético, o clube foi penalizado porque o Sport não escalou o atacante André, que pertencia ao alvinegro, em duelo contra o Galo. No Cruzeiro, o meia-atacante Riascos, com os direitos ligados ao time celeste, não pode enfrentar a equipe celeste pelo Vasco.

As demais equipes que acabaram não sendo punidas conseguiram provar que os atletas em questão, realmente, não tinham condições de jogo, por causa de lesões ou já terem a transferência definitiva acordada. O julgamento foi realizado em segunda instância e, por isso, não cabe recurso.

No mesmo julgamento, o Atlético conseguiu reduzir a multa de R$ 35 mil para R$ 20 mil por causa de torcedores que cuspiram no técnico Tite, no jogo contra o Corinthians no ano passado. O episódio ocorreu em partida válida pela 33ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Após a condenação imposta pelo STJD, em instância anterior, tanto o clube quanto a procuradoria recorreram da decisão, pedindo redução e aumento da pena, respectivamente. O resultado, de última instância, foi 'vencido' pelo Galo por maioria dos votos dos Auditores do Pleno.