O Atlético-MG superou todas as adversidades na noite desta quarta-feira (4) e venceu o Racing, por 2 a 1, no Independência, e se classificou às quartas de final da Copa Libertadores da América. Surpresa da noite, o atacante Carlos abriu o placar para o Galo, mas Lisandro López, ex-Internacional, empatou ainda no primeiro tempo. Lucas Pratto, porém, marcou de cabeça na segunda etapa e deu a vitória ao time alvinegro.

Agora, o Atlético irá enfrentar nas quartas de final o São Paulo, que passou pelo Toluca, do México. Como fez melhor campanha na fase de grupos, a equipe atleticana fará o segundo jogo em casa. A partida de ida ocorrerá já na próxima quarta-feira (11), às 21h45, no Morumbi.

O Galo volta a jogar novamente no domingo (8), às 16h, quando enfrenta o América-MG pela partida que irá decidir quem levantará o troféu de Campeonato Mineiro. Como a primeira partida terminou 2 a 1 para o Coelho, o Galo precisa uma vitória simples para conquistar o título; ao time alviverde, basta um empate.

O Racing, por sua vez, volta suas atenções para o Campeonato Argentino. No sábado (7), o clube azul e branco irá receber, no El Cilindro, a equipe do Estudiantes, às 20h, em jogo válido pela 14ª rodada do certame.

Lisandro López marca e inferniza Atlético no primeiro tempo

Esperando o momento exato para contra-atacar, o Racing deixou a torcida atleticana assustada logo nos primeiros minutos de jogo. Acuña deixou Lisandro López, ex-Internacional, em condições de finalizar e o atacante acertou a trave de Victor. No entanto, os torcedores atleticanos não demorariam a soltar o grito de gol. Aos 15 minutos, Lucas Pratto caiu pela ponta direita, cruzou para a área, Carlos se antecipou à marcação adversária e pegou firme para estufar a rede do Racing.

A equipe argentina não se abateu e logo chegou ao empate. Seis minutos após o Galo abrir o placar, Lisandro López driblou Leonardo Silva e acabou derrubado por Leandro Donizete na área. O árbitro marcou pênalti. O próprio Lisandro López cobrou a penalidade máxima e guardou. 1 a 1: resultado que classificava os argentinos.

Lisandro López era o jogador do Racing que mais importunava a defesa do Atlético. Movimentava bastante pelo ataque e, quando não criava uma oportunidade gol, cavava uma falta. Pelo lado alvinegro, faltava criatividade. Os comandados de Diego Aguirre tinham dificuldade em fazer a ligada da defesa ao ataque, em um primeiro tempo pouco inspirado de Robinho.

As duas últimas oportunidades de gol no primeiro tempo foram bastante semelhantes. Já nos acréscimos, Marcos Rocha levantou a bola na área e Robinho cabeceou no meio do gol, sem dificuldades para o goleiro Ibañez. Um minuto depois, o lateral-direito Pillud cruzou para Lisandro López, que testou com perigo e a bola passou rende à trave direita de Victor.

Com muito sofrimento, Atlético vence e consegue avanço

Atlético e Racing retornaram ao segundo tempo a todo vapor. Lucas Pratto levantou a torcida do Galo com uma linda finalização que explodiu no travessão; no rebote, Robinho errou o arremate de cabeça e mandou para fora. O time azul e branco respondeu à altura com Óscar Romero, que soltou um petardo de canhota, mas Victor defendeu.

Os treinadores Diego Aguirre e Facundo Sava optam por realizar as primeiras modificações antes dos dez minutos. O comandante atleticano sacou Carlos para colocar Hyuri em campo, enquanto seu rival trocou Romero pelo perigoso atacante Gustavo Bou, desejado por vários clubes da América do Sul.

O partida ficou truncada, com o Atlético pressionando em busca do segundo gol e o Racing se segurando na defesa. Contudo, aos 26 minutos, Rafael Carioca cobrou venenosa na área, a defesa adversária não conseguiu afastar e Lucas Pratto cabeceou para o fundo da rede. O camisa 9 marcava seu quatro gol nesta Libertadores, o tento que classificava os mineiros.

Após o segundo gol do Atlético, Facundo Sava deixou o Racing mais ofensivo: tirou o volante Noir para colocar em jogo o atacante veterano Diego Milito. Porém, o Atlético cresceu na partida e ganhou um pênalti. Leonardo Silva cabeceou a bola na mão de Sánchez e o árbitro marcou penalidade máxima. O chute de Pratto, que só havia perdido um pênalti em toda sua carreira, parou nas mãos de Ibañez, que também defendeu o rebote.

A equipe atleticana não se abateu e continuou em cima: Clayton fez jogada individual pela esquerda, entrou na área e finalizou à direita de Ibañez. Explorando os contra-ataques, já que o Racing se mandou para a frente visando o gol de empate, Júnior Urso teve a chance de matar o jogo, mas arrematou fraco e o goleiro argentino defendeu.

Porém, o Galo segurou o resultado e garantiu, com sofrimento, a vaga para as quartas de final da Libertadores, onde irá enfrentar o São Paulo.