Pelo fechamento da 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Atlético-PR recebeu o Botafogo na Arena da Baixada, em Curitiba. Sendo a última partida da rodada, as equipes já sabiam o que a vitória poderia representar. Estando ambas no meio da tabela, a situação mais crítica era a dos visitantes, que precisavam dos três pontos para se distanciar da zona de rebaixamento. Enquanto isso, o Furacão visava ultrapassar o Fluminense e assumir a 8ª colocação.

A partida começou com ritmo intenso e logo nos primeiros minutos, os donos da casa já saíram na frente, com gol de Hernani. Apesar da melhor atuação do Furacão na primeira metade do tempo inicial, o Botafogo conseguiu equilibrar a partida no decorrer do jogo, que ficou marcado pela pouca criatividade das duas equipes, tendo como principais oportunidades jogadas de bola parada, em cobranças de falta ou de escanteios. O final da partida ficou marcado por pressão intensa dos visitantes, tentando aproveitar o recuo total dos rubro-negros. 

Após o fim do jogo, o Atlético-PR, com a vitória, conseguiu ultrapassar o Fluminense e chegar à oitava colocação do Campeonato Brasileiro, indo a 33 pontos. Na próxima rodada, o Furacão vai a Santa Catarina para enfrentar o Figueirense, no dia 7 de setembro. Enquanto isso, o Botafogo fica em situação delicada.

Ainda que esteja com um jogo atrasado, fica a apenas dois pontos da zona de rebaixamento, se mantendo na 13ª colocação. O próximo compromisso do time carioca será pela Copa do Brasil, contra o Cruzeiro. Pelo Brasileirão, o Alvinegro enfrenta o Grêmio no dia 4, fazendo o jogo que tinha sido adiado anteriormente, válido pela 19ª rodada da competição nacional.

Time da casa abre o placar logo no começo, mas Botafogo equilibra partida na primeira etapa

Jogando em casa, o Atlético-PR impunha seu jogo, trabalhando melhor a bola e controlando a posse no começo da partida. A recompensa veio cedo: aos 7 minutos, em cobrança de escanteio, Hernani apareceu bem na primeira trave e tocou com estilo, vendo a bola tocar na trave antes de entrar, sem chances para Sidão. E por pouco o próprio Hernani não ampliou aos 10. Em nova jogada de bola aérea, Luan recebeu na segunda trave e escorou para o meio. O camisa 23 cabeceou buscando o canto direito, mas mandou para fora.

A primeira metade da etapa inicial teve o Botafogo com muitas dificuldades para conseguir sair jogando e trocando passes, já que a marcação atleticana era avançada, forçando os jogadores do alvinegro a usarem a ligação direta com Sassá ou Neílton. Aos 20, o time carioca teve sua primeira boa oportunidade se aproveitando de falha absurda de Hernani. O volante tentou fazer uma passe ao zagueiro Thiago Heleno e entregou de presente para Sassá, que tentou a finalização de fora da área e mandou para fora.

Logo na sequência, Bruno Silva recebeu pela ponta-direita e, mesmo sem ângulo, resolveu arriscar, acertando um belo chute no travessão do goleiro Santos. Em menos de cinco minutos, o Fogão apareceu de novo. Em levantamento pra área, Santos se confundiu com o zagueiro Paulo André e soltou a bola duas vezes nos pés de jogadores do Botafogo, mas levou sorte porque Camilo não conseguiu finalizar.

Depois dos 25 minutos, o que se viu foi um Atlético-PR um pouco mais tímido, com o Botafogo conseguindo equilibrar a partida em termos de posse de bola. Nenhuma das duas equipes teve grandes oportunidades até os 39 minutos, quando Otávio aproveitou erro na saída de bola e, com liberdade, carregou e arriscou de longe, mas Sidão, bem posicionado, encaixou e não deu rebote. A outra boa oportunidade veio pelo lado botafoguense, com boa trama de Bruno Silva e Luis Ricardo. O camisa 8 tentou cruzar, mas acabou sendo travado por Thiago Heleno. Na cobrança de escanteio, Camilo levantou na área, Bruno Silva desviou e Sassá dividiu com o goleiro rubro-negro, mandando por cima.

Botafogo cresce, pressiona, mas falha nas finalizações e acaba derrotado

A segunda etapa começou com intensidade bem abaixo do que foi visto nos primeiros minutos do jogo. Apesar disso, ficou claro que o Botafogo veio com mais vontade e se lançando mais ao ataque, enquanto o Atlético-PR tentava se fechar, tendo menos posse de bola. Mesmo com mais agressividade, os cariocas não conseguiam ameaçar o gol de Santos, sendo ineficazes na criação de jogadas, tanto que a primeira chance veio com o time da casa, já aos 20 minutos. João Pedro teve oportunidade em cobrança de falta pelo lado direito, bateu direto e obrigou Sidão a fazer boa defesa.

Aos 26, a primeira boa chance dos visitantes: Luís Ricardo teve muito espaço pela lateral direita, foi avançando e fez o cruzamento para Neílton, que bateu de primeira e por pouco não surpreendeu o camisa 1 do Furacão, que fez boa defesa com a ponta dos dedos. A resposta veio pouco depois, com Hernani. O volante cobrou falta de muito longe, aproveitando que o arqueiro botafoguense não havia armado barreira e quase marcou um golaço.

E as melhores chances da segunda etapa vieram mesmo das bolas paradas. O Botafogo assustou em duas vezes consecutivas, aos 36 minutos. Primeiramente, em falta cobrada pelo meia Camilo, que só não marcou porque Santos fez defesa brilhante. No escanteio, logo em seguida, Luis Ricardo apareceu bem na primeira trave, em lance semelhante ao do gol atleticano, e tocou de cabeça com perigo, mas para fora. Com a bola rolando, Rodrigo Pimpão tentou em boa trama, mas parou em Santos mais uma vez, já aos 41. Completamente fechado, o Atlético-PR recuou todo e conseguiu resistir à pressão

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Sobre o autor
Gabriel Menezes
Jornalismo na UFRJ. Coordenador e setorista de Botafogo; Coordenador de Futebol Americano e Italiano