Avaí e Figueirense se enfrentaram pela 406ª vez na história do clássico da capital neste domingo (1), na Ressacada, e empataram em 1 a 1. Os autores dos gols da partida foram Mazola, ainda no início da partida pelo lado do Figueirense, e Marquinhos pelo Avaí, que só estreou neste jogo no Campeonato Catarinense 2015 devido à suspensão que cumpria por se envolver em uma briga justamente na última vez em que as equipes se enfrentaram na competição. Na saída do gramado, o ídolo do Leão concedeu entrevista à rádio CBN, de Florianópolis, e aproveitou para parabenizar a equipe pelo jogo e ainda provocar o rival.

"A gente tem que tirar esse jogo como um princípio de uma recuperação. Temos que valorizar a camisa do Avaí, estamos entre os 20 melhores do país. Tá todo mundo de parabéns porque até o último minuto a gente pressionou a equipe deles, foi um jogo equilibrado. Tentaram fazer algumas coisas, mas eles tem que ver quem é o ídolo deles, porque até hoje eu não sei quem é."

Na mesma entrevista, Marquinhos desabafou quanto a rigorosa punição que cumpriu, ficando afastado de sete jogos durante o estadual. "Nem as pessoas que matam cumprem todas as penas, e eu por uma briga que envolveu todos os jogadores praticamente fui o mais punido. É pra aprender, merecimento, e se for pra servir de exemplo que eu pague, mas não serviu. Na primeira rodada já teve agressão. Quiseram pegar o cara que mais história tem no futebol catarinense pra exemplo. Eu sei o que eu represento pra minha torcida, pro estado, e como eu disse, se fosse pra ser exemplo tudo bem, mas não foi, foi maldade."

Quem também falou ao término do clássico foi o técnico Geninho, que destacou a evolução do Avaí e garantiu que seu time era "merecedor" do resultado positivo: "Quem procurou olhar apenas aquilo que se desenvolveu dentro da partida, viu que o Avaí foi amplamente superior. Dizem que no futebol não existe injustiça, mas se você fosse analisar um merecedor de um resultado positivo, com certeza seria o Avaí. Eu acho que foi muito bom, nós vimos um time evoluindo dentro daquilo eu venho falando. Saíram 15 jogadores, chegaram 12, e ninguém é mágico pra fazer que um time jogue de uma hora pra outra. Quando comecei a deixar uma equipe jogar um pouco, achamos um jeito de jogar. Hoje aqueles que estavam cobrando tanto um padrão de jogo, veem o Avaí pelo menos ter um jeito de jogar, crescendo."

Questionado se era Marquinhos o principal motivo para a melhora no desempenho do Avaí, Geninho respondeu: "O ponto fundamental é que a equipe está começando a se achar. Os jogadores estão se conhecendo melhor e isso ajuda. Claro que a volta do Marquinhos ajudou, mas esse foi o primeiro jogo dele, e eu digo sempre que treinamento é uma coisa e jogo é outra. Nós vimos ele um pouco abaixo do que o Marquinhos que nós conhecemos, mas a entrada dele trouxe um fato positivo muito importante, o psicológico. Uma série de detalhes foram importantes, inclusive o grupo querendo dar uma resposta à crítica, mostrar que tem mais condição do que aquilo que vinha mostrando. Estamos longe daquele Avaí que eu acho ideal, mas um Avaí bem melhor do que aquele que começou o campeonato."

Mesmo que o Avaí seja absolvido da punição pela escalação irregular de Antônio Carlos na partida contra o Marcílio Dias e mantenha os seis pontos, o que não deve acontecer, a equipe estará praticamente fora da disputa pela vaga no hexagonal do catarinense. O Leão, que é o vice-lanterna com 7 pontos, cumpre tabela contra o Inter de Lages fora de casa na próxima quarta-feira (4), às 22h, e depois se prepara para disputar o quadrangular contra o rebaixamento. 

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