Depois de muitas partidas sob tensão, o Avaí fechou sua participação na Série B neste sábado (26) com o acesso já garantido e confirmou o vice-campeonato com um empate por 1 a 1 com o Brasil de Pelotas, em dia de festa da torcida na Ressacada. Ramon abriu o placar para os gaúchos, mas o artilheiro Rômulo garantiu a igualdade em Florianópolis.

Na coletiva pós-jogo, o técnico Claudinei Oliveira falou pouco sobre a partida em si e muito mais sobre outros aspectos da campanha. O treinador explicou que não tem pressa para a renovação, falou sobre questões de valorização de seu trabalho, mas manifestou desejo de continuar.

"Não tem prazo para acertar, a gente vai conversando. Tenho contrato até 31 de dezembro. Eu fui bem claro, não tive nenhuma proposta, mas se tiver agora, uma coisa, que é boa para mim, não vou fazer leilão com o Leão. Vou agradecer e vamos tomar uma decisão. Ficarei muito feliz de permanecer aqui, é o caminho mais normal das coisas caminharem. Eu nunca dou muita certeza de nada, pois a gente não sabe o dia de amanhã. Eu sei ser grato, eu vim em um patamar em termos financeiros que não estava recebendo, mais baixo, não foi nenhum favor, acreditei em mim e é lógico que você quer a sua valorização que é a coisa mais normal", explicou.

Claudinei falou da necessidade de planejamento da diretoria do Avaí e já comentou sobre possíveis estratégias para a disputa da temporada 2017. "A questão do planejamento a gente tem trabalhado para estar em prol do Avaí. A gente tem que estar tomando decisões, com o Agnello, com o Joceli, com o presidente e um mapeamento daquilo que queremos. Não depende só da gente querer, conversar com os aletas que nos interessam. Esperamos que a gente consiga manter a base da equipe, um time muito forte e consistente, se manter essa base é um passo muito grande para fazer um grande Catarinense. A gente tem que ter os pés no chão, não adianta prometer nada, não acho que o Catarinense não muda a história do Avaí, mas o que vai mudar a história do Avaí é a permanência por muitos anos na Série A. O segundo semestre tem que ser uma reserva para que possa entrar forte na Série A", avaliou.

Questionado sobre quando realmente percebeu que o Avaí ia conquistar o acesso, o treinador destacou a vitória sobre o Vila Nova fora de casa, com gol nos acréscimos, na 32ª rodada.

"O jogo contra o Vila Nova, gol do Tatá no último minuto. É a coerência, ele estava treinando bem. E a gente sempre opta pelo merecimento. Ganhar aquele jogo do Vila, de virada, do jeito que ganhamos, fizemos quatro pontos fora de casa, contra o Vasco...para o torcedor que deu mais confiança foi o jogo contra o Náutico. Acabou o jogo contra o Oeste, todo mundo queria a vitória. A sabedoria de entender as limitações. O torcedor acreditou, a partir do momento que o torcedor passou a acreditar. Quando todo mundo entendeu que as cosias estavam sendo corretas, todo mundo abraçou a ideia e as coisas convergiram", disse.

Claudinei Oliveira também elogiou a participação da torcida na arrancada do time rumo à Série A. Na partida contra o Brasil, a Ressacada registrou o maior público do ano - 15.564 torcedores. O treinador destacou a importância que o torcedor terá no crescimento do Avaí nos próximos anos.

"Só tenho a agradecer, todos os jogos. Lá em Londrina foi sensacional, um cara saiu da Inglaterra, da Argentina, enfrentou a estrada. Só tenho que agradecer ao torcedor. Em alguns momentos eles carregaram o time no colo. Eles tiveram esse carinho com a equipe. Só tenho a agradecer. Desejar um bom final de ano para todos, que continuem nos atletas que vão ficar. Só com todo mundo se ajudando, que o Avaí vai ficar dois, três, 10 ou 20 anos na Série A. Só assim que muda a história do Avaí", disse.