É bem verdade que as oportunidades não faltaram, mas sobrou competência para os goleiros. Este é um desenho do que foi a partida entre Bahia e Atlético-MG, que jogaram no Estádio da Fonte Nova neste sábado a noite. O torcedor baiano deu show e compareceu em peso nas arquibancadas com mais de 35 mil presentes.  

Para o Bahia, o resultado foi péssimo. Além de acumular a sexta partida sem vencer - três derrotas e três empates - o tricolor da boa terra está bem próximo da zona de rebaixamento. Tem 39 pontos, três a mais que o Vasco da Gama, primeiro time do Z-4.

O Atlético Mineiro não sentiu o resultado, ainda que tenha sido bem possível chegar a vitória. O time mineiro que já tem seu foco voltado para o Mundial de Clubes, é o sexto colocado com 49 pontos.

Lomba fecha o gol baiano

Com toda a empolgação do mundo e o apoio do torcedor baiano, o Bahia entrou querendo mostrar serviço. O técnico Cristóvão Borges colocou em campo o que tinha de melhor no elenco. O Atlético-MG, do treinador Cuca, veio com a mesma equipe que goleou o Náutico na rodada anterior, acreditando que em time que está ganhando, não se mexe. O tricolor buscou o ataque nos primeiros minutos, mas a falta de qualidade na parte ofensiva e no último passe, permitiram que o Galo comandasse o jogo durante todo o primeiro tempo.

O Atlético-MG tinha maior posse de bola, valorizando as jogadas de ataque, principalmente, quando Diego Tardelli e Guilherme criavam as melhores oportunidades. O que faltava para o Galo era uma melhor finalização, pois as chances aconteciam, mas paravam na trave, como no chute de Lucas Cândido, ou no goleiro Marcelo Lomba, que realizou, pelo menos, três grandes defesas.

Ao Bahia, restava segurar o ímpeto atleticano, ainda que tricolor começasse a sair para o jogo na reta final, lançando bolas na grande área procurando o atacante Fernandão, mas nenhuma delas chegavam ao comandante de ataque. O placar de 0 a 0 era injusto pelas chances que o Galo havia criado.

Futebol cai de produção

O tecnico Cristovão Borges mudou a equipe, tirando Willian Barbio e colocando Wallyson. O alteração não mudou em nada o esquema tático. O que precisava ser revisto era a postura do time do Bahia em campo. Após ter ficado no primeiro tempo quase segurando o Galo, o tricolor resolveu atacar, mas a falta de qualidade ainda persistia e não dava condições de vitória.

O Atlético-MG privilegiou a marcação e a chances de gol ficaram bastante escassas, se tomarmos por base o que o time criou no primeiro tempo. Mesmo assim, não perdeu o controle da partida, pois se o Bahia buscava o ataque, também não queria deixar a defesa desguarnecida. 

A melhor chance do tricolor parou nas mãos de Victor. Após bola alçada na grande área, a defesa atleticana não fez a chamada "linha burra" com acerto. Obina ajeitou para o zagueiro Titi que finalizou, exigindo grande intervenção do goleiro atleticano. Na sobra, o mesmo defensor chutou, mas para longe da meta. O Galo teve duas belas oportunidades, ambas com Diego Tardelli, mas todas elas paravam em Marcelo Lomba. O melhor do tricolor. Em jogo em que os melhores em campo foram os goleiros, só poderia dar em um empate sem gols.