É superstição, intensidade e fanatismo. É drible, devaneio, irreverência e resistência. É história, glória e vitória. É Garrincha, Nilton Santos, Didi e Zagallo. É sofrimento, paixão e loucura. Tem cura? Espero que não. É amor, é o clube mais tradicional.

Em 112 anos, Botafogo, você mudou de escudo, de endereço e até de nome, mas jamais deixou de ser o nosso imenso prazer. Você se tornou O Glorioso. A camisa 7 se tornou marcante na sua história. Teve o privilégio de ter tantos ídolos, entre eles a Enciclopédia do Futebol, ou eles tiveram o privilégio de vestir o manto alvinegro. Você acabou com o aniversário do seu maior rival. Cedeu seus melhores jogadores para comandarem três títulos da Seleção Brasileira. 

Ficou 21 anos sem ganhar títulos e mesmo assim não foi esquecido. Reergueu-se, conquistou seu primeiro título internacional oficial e pouco depois mais um Campeonato Brasileiro. Sofreu na mão da arbitragem quando faltava pouco para a conquista da Copa do Brasil. Você viu uma estrela mundial vestir sua camisa e comandar a volta do gigante à Libertadores. Penou por conta de gestões desastrosas o que te custou outra ida à série B e um longo tempo de recuperação. Você foi a preferência de um goleiro que tinha tudo para fazer uma bela carreira em um clube europeu.

Você ganhou uma torcida enlouquecida e fiel, herdeira de uma paixão infinita, que, independente dos momentos ruins jamais te abandonou e jamais te abandonará. Nós torcedores somos incansáveis, sabemos que cada grito e sacrifício vão valer a pena. Não é por nenhuma estrelinha em campo, é por essa estrela solitária. Esse sentimento? Ninguém entende.

Sinto pena dos ignorantes que tentam sordidamente menosprezar sua grandiosidade. Nenhuma derrota, má fase ou gestão amadora apagarão seu passado. Pela luz de uma estrela seu caminho sempre será iluminado, por isso é que tu és e hás de ser nosso imenso prazer. Feliz aniversário, Botafogo!