Os alvinegros ansiosos pela volta de Jefferson aos gramados terão que esperar mais alguns meses, o arqueiro precisará de nova cirurgia no braço esquerdo. Após alguns dias sem uma posição oficial do Botafogo, na tarde desta quarta-feira (23) o goleiro e o departamento médico do clube concederam entrevista coletiva para esclarecer o assunto.

Sem a recuperação no tempo previsto, o goleiro buscou tratamento particular e marcou nova cirurgia nesta quinta-feira (24) na Zona Sul do Rio de Janeiro. O jogador procurou um especialista por fora, mas fez questão de ressaltar que não fez nada escondido do clube.

"Comuniquei ao Botafogo, que precisava ouvir uma segunda opinião, de um especialista de ombro e cotovelo. Consultei o Dr. Márcio, que constatou que a lesão estava permanente no local. A esperança é que ela pudesse se regenerar com o tempo. Demos um passo para trás, paramos de fazer os exercícios. Fiquei duas semanas parado. Melhorou um pouco, mas quando voltei não consegui fazer o meu trabalho. Em acordo com o Botafogo, o médico constatou a necessidade de uma segunda cirurgia. É um momento muito triste que estou passando, delicado, nunca passei por isso na minha carreira. Mas chegamos no limite, que somente uma segunda cirurgia para resolver o meu problema".

Dr. Luiz Fernando Medeiros, coordenador médico do Botafogo e responsável pela primeira cirurgia, informou que não há previsão de volta e explica o caso:

"A primeira cirurgia ocorreu de acordo com o que a gente esperava. Não houve nenhuma intercorrência, mas ao serem exigidos, os tendões ainda causam dor ao Jefferson. Uma parte cicatrizou, outra parte não. Complicações cirúrgicas acontecem com qualquer um".

Desta forma, a previsão é que Sidão continuará como titular, a diretoria alvinegra busca negociar com o Audax-SP a contratação definitiva do jogador.

Relembre o caso

Em partida contra o Juazeirense, em maio, o goleiro lesionou o braço rompendo parte do tríceps. A lesão era rara, nenhum jogador brasileiro havia sofrido tal desde que o Campeonato passou a ser disputado em pontos corridos. 

A cirurgia foi realizada poucos dias após o ocorrido. Na época a previsão de volta eram três meses, seis semanas com o braço imobilizado e depois sessões de fisioterapia. Em jogo-treino realizado em agosto o atleta voltou a sentir incômodo, foi observado que o tendão reconstituído não havia cicatrizado direito.

Jefferson passou a realizar uma dura rotina de treinos visando o fortalecimento muscular. O jogador alternava os trabalhos na academia e no campo, onde realizava defesas respeitando suas limitações.

Em outubro, o departamento médico alvinegro voltou a adiar o retorno do atleta. Passando por reavaliações, o preparador de goleiros Flávio Tenius decidiu diminuir a carga de treinos e suspendeu o retorno em 2016.