A classificação do Bragantino na Copa do Brasil foi suada e decidida apenas nos pênaltis, contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli. Apostando no jogo defensivo, a equipe paulista foi derrotada no tempo regulamentar pelo placar de 2 a 1, mas contou com a falta de pontaria dos atletas catarinenses nos pênaltis para selar sua classificação. Cesinha marcou o gol do Leão, enquanto a dupla Clayton Jean Carlos marcaram os gols da equipe catarinense. Na primeira partida, disputada em Bragança Paulista, o placar foi de 2 a 1 para o Bragantino. 

Apesar da derrota no tempo regulamentar, os visitantes foram superiores durante boa parte dos 90 minutos. Mesmo sem criar grandes oportunidades de ataque, o Braga soube administrar sua vantagem no placar agregado. Os contra-ataques foram pouco frequentes, mas ainda assim a equipe levou perigo ao goleiro Tiago Volpi. O goleiro Renan, apesar de ter sofrido dois gols, não praticou nenhuma defesa até os trinta minutos do segundo tempo, ilustrando a tranquilidade dos visitantes.

Agora, o Figueirense concentra suas atenções no Brasileirão, onde enfrenta o líder Cruzeiro no próximo sábado (26). O Bragantino enfrenta o São Paulo na próxima rodada na Copa do Brasil, e pela Série B encara o Boa Esporte, também no sábado. 

Bragantino abre o placar e pressiona os donos da casa

A partida começou lenta: o Figueirense nervoso, errando passes no meio de campo e sentindo dificuldades para organizar as ações ofensivas. O resultado foi poucas finalizações da equipe catarinense, o que irritou a torcida presente no Estádio Orlando Scarpelli. Por outro lado, o Bragantino também não procurava o jogo: com a vantagem no saldo de gols, a equipe paulista apenas se fechou em seu campo de defesa e deixou a responsabilidade de atacar para os mandantes.

O gol no primeiro tempo surgiu em uma oportunidade isolada do Bragantino no ataque: os zagueiros do Figueirense, Nirley e Marquinhos, se chocaram e deixaram o campo sangrando para atendimento médico fora das quatro linhas. Os visitantes se aproveitaram da ausência dos defensores e se lançaram com velocidade para o ataque: Cesinha conseguiu empurrar a bola para o fundo das redes. Tiago Volpi chegou a tirar a bola – que já estava completamente dentro do gol – e a arbitragem mandou o lance seguir e Nunes chutou de novo para garantir o placar: 1 a 0 para o Bragantino, para desespero da torcida catarinense.

Com o resultado, o Figueirense precisava de pelo menos 2 gols para garantir as cobranças de pênalti. Já impaciente, os torcedores passaram a vaiar a equipe e principalmente o treinador Guto Ferreira, que ouviu gritos de “burro”. O comandante também parecia impaciente: a primeira substituição do Figueirense aconteceu logo aos 30 minutos do primeiro tempo. Paulo Roberto saiu para a entrada de Vitor Júnior, numa tentativa de melhorar a qualidade da posse de bola do Figueirense. Apesar disto, não houve mudanças significativas e o novo jogador do Furacão pouco fez até o final dos 45 minutos iniciais.

Oportunidades claras surgiram para o Figueira apenas já ao final do jogo. Primeiro com Everaldo, que cabeceou com perigo, na melhor chance da equipe até então. Renan – goleiro ex-Avaí – defendeu com tranquilidade. Antes do apito final, Marquinhos conseguiu invadir a área e cabecear para o gol. Entretanto, o bandeirinha assinalou posição irregular do zagueiro.

Entrada de Clayton muda a história do jogo e Figueirense leva partida para os pênaltis

O Figueirense sentiu a pressão da momentânea derrota e logo à 1 minuto de jogo, quase sofreu o segundo gol. Nunes subiu na área para cabecear, mas a bola foi para fora. Em lance aos 10 minutos de jogo, Pablo discutiu com Vitor Júnior no meio do campo, após mais uma tentativa de ataque frustrada. O lance resumiu perfeitamente o estado psicológico da equipe: nervosismo. 

Renan seguia tranquilo abaixo das balizas do Bragantino, sem ter realizado nenhuma defesa até os quinze minutos de jogo. As modificações feitas por Guto Ferreira – a entrada de Pablo e Clayton nos lugares de Léo Lisboa e Everaldo – não mostravam efeito. Diante deste cenário, o Bragantino se fechou ainda mais, jogando na retranca para aproveitar a vantagem de um gol. E até os trinta minutos de jogo, a estratégia funcionou.

Aos 28 minutos, o Furacão do Estreito ressurgiu. Clayton fez boa jogada e acionou Jean Carlos, que marcou o gol de empate. No lance seguinte, a equipe de Bragança Paulista quase virou a partida: uma falta na meia-lua da área do Figueira parou nas mãos de Tiago Volpi. Minutos depois, Clayton novamente fez bom passe para Jean Carlos, que finalizou na pequena área para marcar o segundo gol, que empatou o jogo no placar agregado. 

Nas cobranças de pênaltis, Bragantino garante vaga na próxima fase da Copa do Brasil

O Bragantino começou as cobranças. Nunes marcou o primeiro, e Kleber respondeu da mesma forma. Samuel Santos Marquinhos deram os segundos chutes para suas equipes e as cobranças seguiram empatadas. Jeandro, para o Bragantino, e Pablo, para o Figueirense, converteram as duas cobranças seguintes com sucesso.

Nas cobranças seguintes, vieram os erros que definiram a vaga para a próxima fase da Copa do Brasil. Iago esbarrou em Tiago Volpi, dando vantagem momentânea para os donos da casa. Porém, os heróis se tornaram vilões, e Clayton, grande nome do jogo, acabou chutando para fora. Luizinho cobrou a última penalidade e jogou a responsabilidade para Jean Carlos, autor dos dois gols do Figueira. O atacante também desperdiçou sua cobrança, e garantiu a sobrevivência do Bragantino na Copa do Brasil.