Com apenas 40 anos de vida, a Chapecoense disputará, pela primeira vez, a Série A do Campeonato Brasileiro. Fundada em 1973, o clube da cidade de Santa Catarina surgiu em uma época em que o futebol não estava em primeiro plano. Sendo assim, alguns clubes estavam decididos a reativar o futebol na cidade Chapecó, fundando um novo clube. Até que no dia 10 de maio de 1973, na loja de confecção de Heitor Pasqualotto, localizada na avenida Getúlio Vargas, acompanhado de Alvadir Pelisser, Altair Zanella, torcedores do Independente, Lorário Immich, Vicente Delai e os torcedores do Atlético Chapecó, resolveram propor a fusão dos dois antigos clubes. Assim, nascendo a Associação Chapecoense de Futebol.

O primeiro título de sua história veio logo 4 anos depois, em 1977, quando venceu o Avaí e conquistou o Campeonato Catarinense. Dois anos depois,  Chapecoense quase conquistou o bicampeonato catarinense em 1978, mas o título ficou com o Joinville, após desistência do Avaí. Esse foi considerado um dos títulos mais polêmicos de Santa Catarina. Neste guia, VAVEL Brasil comenta em detalhes sobre como o Goiás está se preparando para o Brasileirão.

Memória

O ano de 2012 foi histórico para a Chapecoense

Após a boa campanha feita no Campeonato Catarinense, começou o Brasileirão Série C de 2012. Embalada e em meio a muitos jogos, terminou a primeira fase na 3ª colocação do Grupo B. Na segunda fase jogou contra o Luverdense do Mato Grosso sediado na cidade de Lucas do Rio Verde. O primeiro jogo foi em Chapecó e, com o apoio da torcida a Chapecoense venceu por 3 a 0 e encaminhou sua classificação para a Série B 2013. Na segunda partida em Lucas do Rio Verde foi um jogo muito disputado e  com um pênalti no final da partida, a equipe do Luverdense conseguiu vencer por 1 a 0. Com isso, a classificação para a semifinal e o acesso ao Brasileirão Série B de 2013 ficou com a Chapecoense. Houve muita festa e comemoração em Chapecó, pelo acesso do clube da cidade à segunda divisão do futebol nacional.

Na última edição...

Se 2012 foi histórico, 2013 também foi um ano de muitas emoções para a clube da cidade de Chapecó. Com uma campanha quase impecável na Série B, o Verdão conseguiu a tão sonhada vaga para a elite do futebol brasileiro. Se, inicialmente, o objetivo era de apenas permanecer na segunda divisão, a Chapecoense conseguiu dar passos mais largos. Em 38 rodadas, conseguiu 20 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas, conquistando 72 pontos. Logo, conquistou o vice campeonato brasileiro da Série B, e automaticamente, o acesso para a primeira divisão.

O nome de 2013

Bruno Rangel, com 31 gols marcados, pode ser considerado o grande responsável pela volta da Chapecoense à elite do futebol brasileiro. Desconhecido no futebol nacional, e só com uma artilharia da Série C em 2010 pelo Paysandu no currículo, o jogador ganhou mais uma oportunidade no futebol catarinense. E não decepcionou. Antes, já havia vestido as camisas de Joinville e Metropolitano. Em 2014, o atacante fechou com o Al-Khor, do Catar.

O início de temporada

O início da temporada foi promissor. Apesar da modesta 5ª posição no estadual, a vitória na estreia da Série B de goleada deu moral a equipe. Além disso, conseguiu uma vitória e um empate diante dos rivais catarinenses. A primeira derrota demorou a aparecer. Veio na 11º rodada e foi num jogo complicado fora de casa, contra o Ceará e após garantir uma pequena vantagem no campeonato. No começo, ninguém apostava que a Chapecoense estivesse entre as quatro equipes promovidas à Série A. Os rumos mudaram com uma campanha quase perfeita após oito rodadas, com um aproveitamento de 83,3%, e a liderança do campeonato. Isso animou o time a mudar de planos. Ficar na Série B já não era suficiente. Na 36º rodada,  conseguiu voltar à primeira divisão de forma antecipada, depois de empatar com o Bragantino em 1 a 1. A torcida e time da Chapecoense já haviam comemorado o acesso na vitória contra o Paraná.

Quem comanda: Gilmar Dal Pozzo

O ex-goleiro Gilmar Dal Pozzo tem a responsabilidade de manter a Chapecoense embalada no Campeonato Brasileiro, após os seguintes acessos até a conquista da vaga na elite do futebol brasileiro. Após uma excelente passagem pelo futebol gaúcho, o treinador deixou o comando técnico de Vereanópolis para assumir o clube na jornada mais importante de sua história.

Gilmar chegou com o apoio presidencial e da diretoria, porém, enfrentando a desconfiança por parte dos torcedores. A boa campanha no Campeonato Catarinense deu o treinador a chance de mostrar seu trabalho em uma grande competição nacional, onde a concorrência será duríssima.

Quem decide: Régis

Régis, meia da Chapecoense, mesmo sem poder atuar em todos os jogos do Campeonato Catarinense, conseguiu atingir o topo da artilharia no torneio. Com 8 gols, ficou um à frente de Schwenck, do Marcílio Dias, e Jabá, do Juventus. O artilheiro, armador e principal destaque da equipe é a esperança dos torcedores para uma excelente campanha na primeira divisão.

Tendo o argentino Lionel Messi como inspiração, Régis foi a sacada de mestre do técnico Gilmar Dal Pozzo no esquema tático do Chapecoense, antes atuando mais recuado, o meia foi adiantado em sua função, jogando próximo aos atacantes e melhorando significativamente suas atuações dentro de campo.

O desafio

Após a sequência de classificação imediatadas para as mais altas divisões do futebol brasileiro, a Chapecoense enfrentará nesta edição do Campeonato Brasileiro a recorrente sina dos clubes recém-promovidos: o efeito "Iô-iô". Para evitar a luta contra o rebaixamento e o retorno à Série B no ano seguinte, o clube conta com a força de sua torcida e a motivação dos jogadores para fazer bonito na elite nacional. 

Avaliação VAVEL

A Chapecoense, mesmo sem grandes nomes, tem a seu favor um belo conjunto técnico em seu elenco. O técnico Gilmar Dal Pozzo parece ter conseguido ajustar as peças que deixavam a desejar, remontando a engrenagem da equipe. Porém, mesmo com um time razoável, a inexperiência na primeira divisão e a falta de peças de recomposição podem afetar no rendimento da equipe no decorrer do campeonato, o que qualifica a equipe catarinenses como candidata ao rebaixamento.