Em lados bem diferentes do futebol brasileiro, Princesa do Solimões Chapecoense se enfrentam pela primeira vez na história valendo uma vaga à segunda fase da Copa do Brasil. Enquanto a Chape, que está invicta no ano, luta pelo título do Campeonato Catarinense e está na Série A do Brasileiro, o time amazonense ainda não entrou em campo no ano, já que o Amazonense ainda não iniciou e disputará a Série D no segundo semestre.

Na edição passada da competição, o Princesa foi eliminado por um time catarinense na primeira fase. Após empate em casa com o Figueirense por 2 a 2, perdeu em Florianópolis por 2 a 1. Já a Chape passou pelo Interporto-TO sem jogo de volta, vencendo por 5 a 2 fora de casa, mas foi eliminada na fase seguinte pelo Sport: venceu por 2 a 0 em casa, mas foi derrotada por 2 a 0 na casa do rival e perdeu nos pênaltis.

Na volta à sua casa, técnico Zé Marco promete Princesa ofensivo

Depois de atuar por dois anos em Manaus, o Princesa do Solimões finalmente voltará à sua casa, o Estádio Gilbertão, em Manacapuru, cidade 70 km distante da capital amazonense. A casa do Princesa passou por reformas durante esse período, e terá carga de 5 mil ingressos para o encontro com a Chapecoense. A partida será às 16h30 (15h30 no horário local), porque os refletores do estádio ainda não estão devidamente ajustados.

O fato de voltar para casa foi comemorado pelo técnico Zé Marco, que espera o apoio do torcedor. "Depois de mais de dois anos, vamos poder sentir o calor do torcedor nos apoiano do início ao fim do jogo. Amanhã (quarta) o estádio vai estar lotado. Isso é um vantagem de estar jogando em casa. Além de não ter aquele deslocamento, era sempre uma viagem para jogar em Manaus. Nós ganhamos muito jogando em nosso estádio", disse.

O elenco do Princesa do Solimões tem 22 jogadores até agora, sendo oito mantidos da temporada passada. Mesmo sem atuar em uma partida oficial no ano, o treinador promete uma postura agressiva e ofensiva do time.

"É claro que vamos marcar forte, sem dar espaço ao adversário. Mas nós não vamos deixar de atacar e procurar o gol por qualquer motivo que seja. Mesmo se estivermos vencendo por 1 a 0 ou 2 a 0, vamos continuar atacando. Essa é a postura do Princesa em qualquer competição", destacou Zé Marco.

Gilbertão, em Manacapuru, terá capacidade para 5 mil para o jogo da Copa do Brasil (Foto: Divulgação)
Gilbertão, em Manacapuru, terá capacidade para 5 mil para o jogo da Copa do Brasil (Foto: Divulgação)

Guto Ferreira confia no elenco e dà chance à reservas

Tentando resolver o Campeonato Catarinense sem necessidade de final, a Chapecoense poupou jogadores para a viagem de 4.011 km de Chapecó à Manaus. Mesmo assim, o técnico Guto Ferreira acredita na força do elenco, onde, mesmo os reservas, são na maioria jogadores experientes e conhecidos no cenário nacional.

"São jogadores que vinham atuando como titulares ou já atuaram como titulares. São jogadores de qualidade, com know-how no cenário nacional e que faz da Chapecoense uma equipe competitiva para esta partida", disse.

Na partida do Amazonas, a Chapecoense, deve promover as estreias do lateral Claudio Winck, ex-Internacional e que veio do Hellas Verona, do meia Rodrigo Andrade, ex-Audax Osasco e do goleiro Marcelo Boeck, que veio do Sporting, de Portugal, e que voltará a atuar em solo brasileiro depois de nove anos.

"Jogador que não tiver um friozinho na barriga antes dos jogos tem que buscar outra profissão. Jogador vive disso e todo jogo é uma história diferente. Vai ser uma partida especial, porque depois de nove anos volto para jogar uma partida no Brasil. E sei o projeto que a Chapecoense tem essa competição", disse o arqueiro de 31 anos. A última partida do jogador por um time brasileiro foi em 2007, quando atuava pelo Internacional.

Boeck não atua em solo brasileiro desde 2007 (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)
Boeck não atua em solo brasileiro desde 2007 (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)