O Atlético-MG emitiu uma nota oficial, na tarde desta terça-feira (29), pedindo à CBF que cancele a partida que fará com a Chapecoense, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O clube mineiro considera incabível a realização do jogo, que está marcado para acontecer em Chapecó.

A CBF já anunciou o adiamento da 38º rodada do Brasileirão para o dia 11 de dezembro, mas ainda não se pronunciou sobre esse confronto especificamente. Tudo indica que o duelo deve ser cancelado, tendo em vista a tragédia que corrompeu a vida de grande parte do elenco da Chapecoense, decretando luto no futebol brasileiro.

Haviam 77 pessoas no avião, e dessas, quase todo o plantel catarinense faleceu, junto com a comissão técnica de Caio Júnior inteira, jornalistas e diretores do clube. Da Chapecoense, sobreviveram o goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel e o zagueiro Neto. Também foram resgatados com vida e seguem internados o jornalista brasileiro Rafael Henzel, a comissária de bordo Jimena Suárez e o técnico da aeronave Erwin Tumiri.

Confira o comunicado oficial do Atlético-MG

"Diante da tragédia envolvendo a delegação da Chapecoense, membros da imprensa e demais integrantes do voo, o Clube Atlético Mineiro esclarece que:

1 - O que o futebol brasileiro necessita, neste momento, é de um verdadeiro respeito ao luto.

2 - Até por uma questão humanitária, é contra a realização do jogo Chapecoense x Atlético, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, considerando incabível a sua realização diante dos acontecimentos. É importante, para isto, que haja deliberação da CBF e dos demais clubes da Série A.

3 - Apoia a união de clubes e federações no sentido de atenuar as consequências desportivas desta tragédia para a Chapecoense. Contudo, considera que as formas de auxílio devem ser discutidas em momento oportuno.

4 - Considera que a prioridade neste momento é amparar os familiares dos envolvidos na tragédia.

5 - Por fim, realça a importância da participação de todos os envolvidos no futebol brasileiro, na discussão de medidas que protejam, materialmente e de forma efetiva, os dependentes das vítimas de acidentes como esse, sejam atletas, membros da comissão técnica, profissionais da imprensa ou dirigentes, de modo a garantir cobertura securitária digna aos familiares."