Josimar nunca foi uma unanimidade nos clubes em que passou. Revelado no Internacional, em 2003, o volante teve persistência, paciência e voluntariedade para ganhar oportunidades.  Com pouco espaço no colorado, integrando apenas a equipe B até 2007, o jogador se ofereceu para jogar no Brasil de Pelotas em 2008, clube de sua cidade Natal e do técnico Lisca, que o treinou no Inter.

"Ele não estava sendo aproveitado e tinha sido meu jogador no Inter B, em 2006 e 2007. Eu estava no Brasil de Pelotas, lutando para não cair para a segunda divisão do Gauchão. Ele viu que eu estava em dificuldade também e se colocou à disposição para ajudar. Conseguimos escapar do rebaixamento, e ele voltou para o Inter depois", contou um emocionado Lisca.

Após ajudar a livrar a equipe do rebaixamento no estadual, Josimar retornou ao Internacional. Por pouco o atleta não esteve presente no acidente de ônibus que vitimou três jogadores do Brasil-RS, em 2009. Até o dia 29/11/2016, esta era a maior tragédia envolvendo uma equipe de futebol no Brasil, até a queda do avião que ocasionou a morte do elenco da Chapecoense, entre eles Josimar.

Depois de rodar por Fortaleza, Al-Watani, idas e vindas ao Internacional, Josimar chegou a Ponte Preta em 2010. Até o então foi o período mais consistente do volante. Na macaca atuou por 79 vezes e marcou três gols. O bom desempenho atraiu novamente o interesse do colorado, que o repatriou em 2012.

Foram mais 61 jogos com a equipe do Beira Rio e dois gols. Em 2014 se encerrava a trajetória de Josimar no clube que o revelou. Foi negociado com o Palmeiras e atuou 14 vezes pelo verdão, sem marcar gols. Na época, o time paulista brigou até a última rodada contra o rebaixamento.

No ano passado Josimar atuou pela Ponte Preta, onde viveu um de seus melhores períodos na carreira. Jogou 34 partidas, com 19 vitórias, 10 empates e nove derrotas. O volante ainda marcou um gol, contra o Ituano, pelo Campeonato Paulista.

Experiente, Josimar chegou à Chapecoense em 2016, já com 30 anos. No Verdão do Oeste foi onde o jogador mais teve chances: 50 jogos, sendo 44 como titular e apenas 6 entrando no decorrer da partida. Conhecido por ter um estilo de jogo aguerrido, o jogador chegava pouco ao ataque e seu único tento, foi no Campeonato Catarinense, contra o Princesa.

Na campanha mágica que levou a equipe à final da Copa Sul-Americana, Josimar não atuou apenas na derrota por 1 a 0 para os colombianos do Junior Barranquilla, no jogo de ida das quartas de final.

Josimar não foi craque, mas está eternizado para sempre no futebol. Conhecido pelos colegas como "alemão" e "Josimito", sua participação no maior feito da história da Chapecoense será para sempre lembrada e agradecida pelos milhões de torcedores da Chape.