Após o trágico acidente que deixou 71 mortos e 6 feridos, a Chapecoense ficou muito prejudicada e perdeu quase todo seu elenco, toda a comissão técnica e alguns dirigentes, incluindo o presidente. Entretanto, a CBF se manifestou pela realização do jogo.

Apesar do desejo da CBF para a realização da partida, o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, afirmou que o clube não irá à Chapecó para disputar a partida da última rodada do Brasileirão contra a Chapecoense. Assim como o Galo, a Chape também seguiu o mesmo caminho e contrariou a decisão da entidade.

"Não vai ter jogo. Já nos juntamos do que sobrou da comissão, jogadores, foi unânime, não vamos jogar. As inscrições acabaram, vão abrir uma exceção, rasgar o regulamento? Não tem clima. Como se comportariam árbitros e jogadores? Usaram até a palavra festa. Que festa é essa? Foi muito bom o Atlético-MG se antecipar e dizer que não vem a Chapecó. A CBF não manda nada nesse aspecto", disse Vitor Hugo, chefe do departamento de desempenho.

Por outro lado, mais cedo, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, explicou o motivo da partida ter de ser, pelo menos protocolarmente, realizada. A possibilidade de cancelamento da partida não está prevista no Regulamento Geral de Competições.

"O Atlético está justificando um possível não-comparecimento à partida. O WO, tratado no artigo 53, se caracteriza no não-comparecimento do clube à partida, acarretando a perda de três pontos e no placar de 3 a 0. A gente entende que é isso que o Atlético decidiu. Obviamente, todo o protocolo da partida precisa ser feito, para seguir a parte protocolar, técnica, podendo até haver um WO duplo. Mas não há dispositivo para o cancelamento da partida", explicou.