Arthur Brasiliano Maia nasceu no dia 13 de outubro de 1992 e tinha 24 anos. Nasceu em Maceió, Alagoas, e foi nomeado em homenagem ao maior ídolo da história do Flamengo, o Zico. Em 2015, realizou o sonho de infância e atuou no rubro-negro. Atualmente, estava emprestado pelo Vitória à Chapecoense e estava no voo que vitimou 71 pessoas e deixou seis feridos, na última terça-feira (29).

Arthur Maia, como era conhecido, era um meia bastante talentoso. Começou a carreira aos dez anos, quando foi aprovado nos testes do Vitória e, logo cedo, mudou-se de Maceió para Salvador. Vestiu a camisa 10 em todas as equipes de base que passou e foi promovido ao time profissional em 2010 - apesar que treinava desde 2009.

Devido a pouca idade, Arthur recebeu poucas chances no time profissional. Voltou a ser destaque na base em 2012, sendo o destaque do Vitória na conquista do título do Campeonato Brasileiro sub-20 e ainda sendo eleito o melhor jogador da final contra o Atlético-MG.

Em 2013, o Vitória resolveu emprestar o jovem meia para o Joinville. Logo no primeiro jogo se destacou ao decidir a partida contra o Criciúma, mas foi apenas isso. Com pouco espaço, foi devolvido para o Vitória.

"Diziam que ia ganhar oportunidade, mas entrar no finalzinho não vejo como oportunidade..."

O meia começou a chamar a atenção do técnico Ney Franco nos treinos e ganhava alguns poucos minutos, o que achava pouco. Maia se destacava na base, mas não conseguia desenvolver seu potencial no profissional e começou a desgastar sua relação com a torcida, que o começava a chamá-lo de "eterna promessa".

Novamente foi emprestado pelo Vitória. Em 2014, defendeu o América-RN e, finalmente, conseguiu mostrar seu talento. Foi campeão potiguar, chamou a atenção ao marcar um gol similar ao de Maradona na Copa do Mundo de 1986 e foi destaque na goleada sobre o Fluminense em pleno Maracanã pela Copa do Brasil, que resultou na eliminação do tricolor carioca.

O bom ano de 2014 chamou a atenção dos grandes. Em 2015, o Flamengo contratou o meia por empréstimo e, assim, Arthur Maia realizava um sonho de infância: defender o clube do coração e honrar o manto que o responsável por seu nome tanto honrou, o eterno galinho Zico.

Apesar da expectativa no começo no rubro-negro, Arthur Maia foi perdendo espaços e, em julho, pediu para retornar ao Vitória. O motivo, segundo o empresário do atleta, era uma proposta do Japão. Assim, Maia foi defender o Kawasaki Frontale, da primeira divisão. A passagem foi curta, disputou apenas seis jogos e não marcou gol.

Retornou de empréstimo do Japão no fim de 2015. Foi campeão baiano em 2016 pelo Vitória, mas sem espaço no rubro-negro, foi emprestado para a Chapecoense até o fim de 2016. Atuou em 11 partidas e marcou dois gols pela equipe de Chapecó. O meia estava relacionado para a final da Copa Sul-Americana, mas o acidente aéreo impediu a continuação do sonho. Descanse em paz, Arthur Maia!

Foto: Divulgação/Chapecoense
Foto: Divulgação/Chapecoense
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