Conhecido por reclamar bastante da arbitragem, o técnico do CorinthiansMano Menezes voltou a dedicar um bom tempo de sua coletiva à atuação do árbitro André Luiz de Freitas Castro, que comandou a derrota corinthiana para o Botafogo por 1 a 0, no último sábado (11), em Manaus, pelo Campeonato Brasileiro.

Mano, ao contrário de boa parte dos seus comandados, não questionou o pênalti que deu origem ao único gol da partida. Na visão dele, no entanto, o árbitro prejudicou o espetáculo através de sua postura. "O jogo não andou. A gente pode fazer um exercício para ver se foi justo aquilo que estávamos pedindo em relação a tempo de acréscimo para ver quantas vezes entrou a maca no segundo tempo, quantas vezes caiu um jogador do Botafogo. Vamos medir esse tempo de parada", sugeriu.

"Até nas substituições eles não sabiam quem ia tirar, saía um, voltava outro. E o árbitro não tomou nenhuma providência em relação a isso. Depois não adianta acrescentar quatro minutos. É muito pouco. A tentativa era sempre de quebrar o ritmo do jogo. Quando a gente começava a acelerar o ritmo caía alguém. É só contra isso que temos para reclamar. Acho que o pênalti foi pênalti, não temos que falar, mas é muito difícil quando o árbitro, nesse aspecto, não se preocupa com o espetáculo", reclamou Mano.

O treinador passou quase todo o segundo tempo chamando a atenção do árbitro para uma suposta "cera" por parte dos botafoguenses. Insatisfeito com o tropeço, ele teceu elogios à atuação do Corinthians: "Não acho que o Corinthians teve dificuldade hoje contra uma equipe que se fechou. Só o Corinthians criou. Mas continua sendo mais fácil destruir do que criar. Por um detalhezinho hoje ela (a bola) não quis entrar. Mas quarta-feira ela entra se nós continuarmos assim, no fim de semana que vem também. Isso que é o importante, não perder a linha daquilo que é o certo e daquilo que precisamos melhorar", acredita.

Quando questionado sobre o que faltou para levar a vitória, ele respondeu: "Um pouco mais de tranquilidade em alguns momentos, um pouco mais de lucidez na escolha do último passe. É do jogo. É difícil quando uma equipe está com 11 jogadores atrás da linha da bola, e depois dez. Sobra pouco espaço, precisa rodar bem a maior. O campo também atrapalhou. Jogar numa área como aquela chega a ser até temeroso. Isso tira um pouco da velocidade para quem tem que acelerar", avalia.

Na quarta-feira (15), o Corinthians vai até Minas Gerais enfrentar o Atlético-MG pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Com uma vantagem de 2 a 0 construída na ida, o técnico garante que a derrota no Brasileirão não vai abalar a equipe: "Não terá impacto nenhum porque a equipe jogou bem. Não precisa fazer trabalho psicológico, não acho que esse jogo pode ser colocado no mesmo nível de dificuldade que tivemos em outros jogos. É preciso separar isso e vamos saber separar", finalizou.