Empatar em casa é ruim; arrancar o empate no último lance da partida é bom.Levar um ponto fora de casa contra um time muito melhor colocado na tabela não é motivo para lamentações; sofrer um gol no último lance é. Pela situação de ambos no Campeonato Brasileiro, o empate na noite deste sábado (1), acabou, apesar dos motivos para comemorar, ruim, muito ruim tanto para o Corinthians, quanto para o Coritiba.

Em um primeiro tempo marcado pelas confusões da arbitragem, o Timão parecia melhor. Mas, de repente, em menos de dez minutos, dois duros golpes deixaram os donos da casa em desvantagem de dois gols. Ao mesmo tempo, o nervosismo bateu, os passes começaram a perder direção e a derrota foi se mostrando um perigo cada vez mais real. O gol no início da segunda etapa aliviou, mas o tempo foi passando e nada do segundo, que saiu apenas no último lance da partida, decretando mais um empate.

O resultado levou o Corinthians para 54 pontos, ultrapassando assim o Internacional, que ainda joga nesse domingo (2) contra o Santos na Vila Belmiro. No entanto, as vitórias de Grêmio e Fluminense fizeram o Corinthians cair da quinta para a sexta posição, que ainda pode virar sétima caso o Colorado ao menos empate com o Peixe.

Já o Coritiba, com 34, subiu uma posição, mas sequer saiu provisioriamente da zona de rebaixamento. Um empate do Botafogo contra o Cruzeiro somado a uma vitória do Bahia sobre o Palmeiras jogarão o Coxa para a vice-lanterna. Os paranaenses jogam agora contra o Fluminense, no próximo sábado (8), no Couto Pereira. No domingo (9), o Timão recebe o Santos novamente na Arena Corinthians.

Zaga do Corinthians falha, Alex briha e Coxa abre 2 a 0

Apesar dos erros em passes, lançamentos, cruzamentos e das jogadas sem muita inspiração, o Corinthians começou melhor, controlando a posse de bola, ocupando os espaços e não dando muitas oportunidaes para o Coritiba. O Coxa, por sua vez, apresentava uma marcação muito eficiente e que não dava chances para os alvinegros entrarem na área, restando assim os chutes de fora da área como únicas opções. Fagner e Bruno Henrique tentaram, mas Vanderlei estava atento.

Aos 15 minutos, o começo razoável do Corinthians parecia estar dando bons resultados quando o árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima marcou pênalti a favor dos paulistas. Os jogadores do Coritiba reclamaram, até um cachorro atravessou o campo e Jean, depois de conversar com o assistente, optou por voltar atrás e não marcar a penalidade. Na sequência, Luciano mandou para as redes, mas o assistente pegou impedimento.

Quando as coisas parecia estar engrenando a favor dos alvinegros, veio o primeiro golpe. Aos 24 minutos, Alex encontrou Robinho livre na grande área para aproveitar uma bobeada de Cássio e abrir o placar a favor dos paranaenses. Cinco minutos depois, o próprio Alex provou porque, ainda que com 37 anos, é um dos principais jogadores do campeonato. De fora da área, ele marcou o segundo. Os gols, ambos oriundos de falhas no sistema defensivo, derrubaram o Corinthians, que não conseguiu mais jogar e levou essa enorme desvantagem para o intervalo.

Timão desconta no início do segundo tempo e arranca empate no último lance

O contestado Angel Romero entrou no início da segunda etapa para dar maior velocidade ao ataque corinthiano. E, aos 30 segundos de partida, isso se justificou. O paraguaio recebeu bom lançamento, dominou, chutou e coube a Elias empurrar para as redes e diminuir. O Coritiba voltou mais recuado, mas ainda conseguiu criar boas oportunidades. Os paranaenses tiveram um gol mal anulado e desperdiçaram uma chance incrível com Alex.

Em um dos muitos ataques em que os corinthianos foram inteiramente para a área, o camisa 10 apoveitou um erro de Bruno Henrique e disparou, sozinho, em direção ao gol. Mas aí, Cássio, já fora da área, tirou a bola para lateral. O juiz pegou um toque de mão do arqueiro alvinegro e deu falta em dois lances e aí vieram mais reclamações. Mais uma vez, o árbitro consultou os assistentes e voltou atrás.

Nos minutos seguintes, o Corinthians, mais na base da transpiração que na da inspiração, pressionou o Coxa em busca do empate. Jogando mal, pouco assustou, pouco criou e ajudou e muito no sucesso do esquema tático montado por Marquinhos Santos. Jadson entrou, mas a situação permaneceu inalterada. Nos minutos finais, o número de chuveirinhos subiu e, no desespero, o Timão tentou ao menos reduzir os danos. Quando parecia que não daria mais certo, aos 49 minutos, Bruno Henrique subiu mais alto que os alviverdes para testar firme e decretar um empate ruim para os dois times.