Com público médio na Arena Corinthians, o Corinthians recebeu o Atlético-MG vislumbrando uma possibilidade de entrar no G-6 do Brasileirão. Mesmo pressionando, a equipe corintiana não passou de um 0 a 0 contra o Galo, valendo pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro

Praticamente desistindo do título brasileiro e acumulando resultados negativos há cinco partidas, o Corinthians ganhou sobrevida no Brasileirão com o aumento do número de vagas na Copa Libertadores, passando de quatro para seis times no Campeonato Brasileiro. A vitória na Arena Corinthians era de grande importância, mas não veio para desagrado dos corintianos.

Mesmo desfalcado de dez jogadores, o Atlético ganharia a vice-liderança do Brasileirão até o final de semana caso vencesse a partida de hoje, além de aproximar do líder Palmeiras, que tem cinco pontos a frente do Galo e ainda jogará na rodada. Em outras circunstâncias, o empate talvez não fosse mau negócio. No entanto, como o time mineiro luta pelo título brasileiro, o resultado não foi dos melhores. 

Na próxima rodada, o Corinthians vai até a Arena Pantanal, em Cuiabá, encarar o Santa Cruz, quarta-feira (12), às 19h30. No dia seguinte e no mesmo horário, o Atlético fará o clássico local contra o América-MG, no Mineirão.

Corinthians tem iniciativa, Galo responde, mas ambos pecam nas finalizações 

O Corinthians entrou em campo com Walter no gol, já que Cássio está lesionado, além de Léo Príncipe e Gustavo nas vagas de Fagner e Ángel Romero, que servem as seleções brasileira e paraguaia, respectivamente. O Atlético-MG passou pelo mesmo problema, com cinco jogadores servindo selecionados nacionais, Júnior Urso suspenso e outros quatro atletas no departamento médico. 

O começo do jogo foi equilibrado, com o Corinthians tomando partido do jogo. Com melhor posse de bola, o Timão criava as jogadas que passava pelos pés de Marlone, Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel, além das chegadas de Rodriguinho. Mesmo atuando no campo ofensivo, os jogadores erravam no último passe. 

Em contrapartida, o Atlético-MG buscava ficar o maior tempo com a bola nos pés. Sem seus principais jogadores, o segredo eram os contra-ataques. O Galo levou perigo em apenas duas oportunidades. A primeira com Hyuri, que partiu pelo lado esquerdo e errou no arremate. A segunda foi de Clayton, que recebeu em velocidade pelo meio, entrou na área e bateu cruzado, exigindo bela defesa de Walter.

O Corinthians chegou a marcar o primeiro gol com Gustavo. Na bola cruzada de Marquinhos Gabriel, o centroavante fechou na segunda trave, fez carga faltosa nas costas do zagueiro Gabriel e tocou de cabeça para as redes. O árbitro Rodolpho Toski validou o lance, mas o auxiliar Bruno Boschillia anulou a jogada, prevalecendo à marcação do bandeirinha paranaense. Em sequência, Rodriguinho teve ótima chance, mas desperdiçou. 

Corinthians pressiona, Galo aceita, mas o jogo fica sem gols

O segundo tempo foi uma cópia exata do que aconteceu na etapa inicial. O Corinthians foi mais agressivo e o Atlético esperava a hora certa de dar o bote nos contra-ataques. 

O técnico Fábio Carille chegou a colocar Rildo em lugar de Marlone, sacando a técnica e apostando na velocidade. Mesmo com a entrada do atacante pelo lado esquerdo, a marcação do Atlético-MG estava bem encaixada, com o Timão tendo apenas uma oportunidade mais clara de gol, finalizada por Rodriguinho após passe de Gustavo. 

O Atlético-MG ficava no campo defensivo, deixando Fred e Robinho isolados no ataque. Sem conseguir sair da defesa, os dois jogadores de ataque eram figuras decorativas em campo. O técnico Marcelo Oliveira chegou a colocar Patric e Dátolo nas vagas de Hyuri e Clayton, abrindo o jogo pela direita e tendo um camisa 10 pelo meio. 

No entanto, a estratégia de Marcelo Oliveira caiu por terra após a expulsão de Leandro Donizete, que recebeu o segundo cartão amarelo. Precisando recompor a marcação, o treinador atleticano tirou Robinho e colocou Yago. 

Fábio Carille demorou na última alteração, e promoveu Lucca na vaga de Léo Príncipe. Com mais atacantes, o Corinthians alugou o campo defensivo do Galo, mas não converteu sua superioridade em gols.