O atacante Zé Carlos não faz mais parte do elenco do Criciúma. A decisão partiu do atleta e da diretoria em uma reunião na manhã desta quinta-feira (13). De acordo com o comunicado publicado no site oficial do clube, a decisão foi tratada como "amigável".

Zé Carlos comunicou a diretoria de que sabia que não vinha rendendo o esperado, já que o clube fez tanto esforço para o retorno do atleta. Outros fatores usados pelo atleta foi por problemas pessoais e também por ter uma linda história no clube, não queria manchá-la. A condição física de Zé também foi assunto na reunião.

O atleta retornou ao clube após a parada da Copa do Mundo. Por se tratar de um ídolo do clube, "Zé do Gol", como é chamado pela torcida, chegou com uma grande responsabilidade de assumir novamente a camisa 9 e voltar a dar alegrias a nação tricolor. Mas as inúmeras lesões e atuações irregulares fez com que o atleta ficasse devendo para a torcida, que por tantas vezes fez sorrir. 

Pelo comunicado diretoria diz que o atleta “está triste e pede desculpas à grande massa tricolor que sempre o apoiou e a diretoria que o recebeu de braços abertos, dando totais condições”. A diretoria também agradeceu ao jogador mostrando que a decisão realmente foi amigável.

Contratado pela primeira vez pelo Criciúma em 2011, o atacante foi o artilheiro da equipe na Série B, com 13 gols em 22 partidas. Em abril de 2012, acabou dando declarações polêmicas sobre o time e foi afastado, mas seis dias depois, em conversa com a diretoria, acabou sendo reintegrado.

Foi depois de um momento turbulento, no mesmo ano, que Zé Carlos fez história no clube e no Campeonato Brasileiro da Série B. No ano do acesso do Tigre, o atleta foi um dos principais personagens da grande campanha que levou o time para a Série A. Com 27 gols, o atacante passou a ser o maior artilheiro da história da Série B, superando os até então recordistas Uéslei, do Bahia, em 1999, com 25 gols, e Alessandro, do Ipatinga, em 2007, também com 25 gols.

Em seu retorno, Zé Carlos atuou em nove partidas e não balançou as redes, além de ter somado um cartão vermelho diante da Chapecoense e ter um pênalti desperdiçado contra o Figueirense.