O técnico Marcelo Oliveira concedeu entrevista coletiva após a derrota do Cruzeiro para o Atlético-MG, por 2 a 1, nesta tarde, no Mineirão, pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Mineiro. A arbitragem de Héber Roberto Lopes foi alvo de críticas do treinador celeste pelo fato do zagueiro alvinegro Edcarlos ter acertado a chuteira no rosto do atacante Leandro Damião, e não ser assinalada nenhuma falta no lance, consequentemente, resultando no gol da virada do Galo na partida no lance seguinte.

“Foi decisivo. Inclusive o árbitro reserva Luiz Carlos disse 'vou falar com ele [Heber Lopes] que houve um chute no rosto do jogador'. Deve marcar falta e o jogador ser expulso, mas não fez nada disso. O gol saiu depois, se sai o zagueiro, o Levir teria que recompor a defesa. Mais uma vez fomos prejudicados por esse árbitro”, desabafou Marcelo.

Para o técnico, a partida foi bastante equilibrada e ressaltou que seu elenco ainda está em fase de remontagem. Marcelo Oliveira também citou o desgaste físico que seus jogadores estão sofrendo, principalmente o meia Alisson, que jogou apenas 45 minutos e deu lugar a Marquinhos, pois estava com desconforto na coxa.

“Estamos refazendo em abril. Jogadores se machucaram hoje e tive que tirar o Alisson com a perna dolorida. Temos que ter cuidado com esse jogador. Fizemos primeiro, tivemos outras oportunidades. Faltou um pouquinho de tranquilidade e menos ansiedade. O adversário foi mais efetivo”, afirmou o treinador.

Após a eliminação no Estadual, o técnico da Raposa não escapou das críticas do torcedor celeste, que inclusive relembrou a época em que Marcelo Oliveira esteve no comando do Atlético (2007/2008). Mas o treinador trata a insatisfação com naturalidade, uma vez que foi bicampeão Brasileiro a frente do Cruzeiro (2013/2014) e garantiu estar "seguro e confiante" no cargo.

Ainda sobre as críticas, Marcelo Oliveira afirmou estar pronto para recebê-las. O treinador também disse não temer perder seu cargo no Cruzeiro, mesmo que seja remota a chance de uma demisão.

“Estou pronto para receber crítica, preparado para qualquer situação que possa acontecer. Não temo nada. Não tenho apego nenhum ao emprego, tenho ao trabalho”, ressaltou Marcelo.

Mesmo com a derrota, o técnico celeste ficou satisfeito com o desempenho de sua equipe dentro de campo. Para Marcelo Oliveira, a equipe lutou pela classificação, dentro do limite.

“Quando perde jogo ou é pela escalação ou não deveria ter tirado um colocado outro. Vou fazendo dentro da minha convicção. E ficaria chateado se chegasse no vestiário e tivéssemos um time passivo, que não lutou, não criou, não tentou a classificação. Fizemos aquilo da nossa convicção o dia que acharem errado ,não tem problema”, concluiu o treinador.

O Cruzeiro volta a campo na próxima terça-feira (21), dessa vez, pela Copa Libertadores da América, às 20h30, contra o Universitário de Sucre, no Mineirão. Marcelo Oliveira trata essa partida como "questão de honra", uma vez que sua equipe irá avançar na competição apenas vencendo o time boliviano.