Acabou a paciência! Após a eliminação do Cruzeiro ante o arquirival Atlético-MG, na tarde desse domingo (19), no Mineirão, por 2 a 1, pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Mineiro, a torcida celeste marcou para a tarde desta segunda-feira (20), na porta da sede administrativa do Clube, na região central de Belo Horizonte, um protesto para cobrar atitudes partindo da diretoria da Raposa.

O movimento tem o apoio das duas maiores torcidas organizadas do Cruzeiro, Máfia Azul e Torcida Fanati-Cruz, que convocaram os outros torcedores através das redes sociais, listando as reivindicações que farão na porta da sede do clube. Na lista, há diversos questionamentos a serem feitos para a diretoria celeste, como, por exemplo, a contratação do meio-campo que os dirigentes prometeram, após a venda de Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart para o futebol árabe e japonês, respectivamente, e consequentemente, o destino do dinheiro arrecadado nos negócios realizados. 

Ainda sobre a questão financeira, a torcida também cobra do presidente da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares, o patrocínio master, responsável por estampar a marca no uniforme celeste, e um importante gerador de rendas para o clube. Os preços cobrados pelos ingressos no Mineirão são alvos de reclamações dos cruzeirenses, que reivindicam de Gilvan a criação de um setor popular no estádio, para o público que possui baixa renda. A atitude do presidente ao abrir mão dos 10% que tem direito nos clássicos contra o Atlético-MG realizados no Estádio Independência, também desagradou a torcida, que exige a carga de entradas para o Cruzeiro.

Após o término do clássico neste domingo, presidente Gilvan é cercado na saída do Mineirão

A intolerância do torcedor com a eliminação da equipe no Campeonato Mineiro para o Atlético-MG começou logo após o apito final, quando o presidente do Cruzeiro, Gilvan Tavares, tentava deixar o Mineirão em seu carro. Um grupo de cruzeirenses cercaram o veículo e atiraram restos de comida. Dentro do automóvel, estava o mandatário celeste e seu motorista particular, que retornou ao estacionamento do estádio imediatamente.

Após o episódio, Gilvan conversou com alguns policiais militares e optou por não falar com a imprensa. Logo em seguida, o presidente saiu juntamente com a delegação celeste no ônibus da equipe, e seu carro particular foi conduzido pelo motorista particular. O supervisor de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz, comentou o fato e lamentou a atitude dos torcedores.

"A gente perdeu, não queríamos que isto tivesse acontecido, mas são coisas do futebol. Isto não dá direito de agredir ou cometer um ato deste. É uma coisa lamentável", concluiu Benecy.