Foi uma segunda-feira (30) difícil para o Cruzeiro. Enquanto o técnico Paulo Bento comandava treinamento na Toca da Raposa II, cerca de 40 torcedores de uma facção organizada manifestaram na porta da sede administrativa do clube celeste, na região central de Belo Horizonte, pedindo a saída do presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares.

No entanto, o mandatário celeste passou a manhã acompanhando a atividade na Toca II, acompanhado do vice-presidente de futebol Bruno Vicintin e do diretor de futebol Thiago Scuro. Após o treino, Gilvan Tavares concedeu entrevista ao programa Alterosa Esporte, da TV Alterosa, repudiando os protestos desta segunda, afirmando que a ação poderia prejudicar o time dentro de campo.

"Eu acho que isso não é forma de torcer. Eu tenho certeza que tem alguma coisa por trás. É uma torcida que anda pedindo as coisas, que (inaudível) pediram para conversar comigo, me pediram desculpa, porque fizeram uma grosseria muito grande com o treinador do Cruzeiro no dia em que o Paulo Bento foi apresentado aqui na Toca II. E foram lá me pediram para eu recebê-los. Eu os recebi. Agora, eles vão para o campo torcer o seguinte: se ganhar, eles continuam a torcer para o Cruzeiro; se levar um gol, começam a torcer contra e hostilizar jovens jogadores, promessas que estão sendo lançadas, atrapalhando o rendimento dos atletas. Isso não é torcedor. Se dizem organizados, mas, pelo que senti, eles estão completamente desorganizados nestes momentos. Estão querendo obrigar o clube a fazer coisas precipitadas que não vamos fazer", disse Gilvan.

Mês passado, áudios do ex-presidente do Cruzeiro e atual Senador da República, Zezé Perrela, circularam na internet com duras críticas a Gilvan Tavares. Na ocasião, Perrela disse estar "cansado da política" e deixou em aberto a possibilidade de voltar a comandar o clube celeste. Gilvan não citou nomes, mas disse que os protestos contra sua administração pode ter viés político.

“Não posso fazer uma crítica aberta sem ter certeza. Eu não falo nada que não tenho certeza. Mas de quem foi movimento feito de algumas pessoas dentro do Cruzeiro, de lançar candidato, de colocar o nome em disputa, quando estava faltando quase dois anos, e não foi elegante. Eu nunca fiz, quando sempre apoiei um lado ou outro, nunca permiti que isso acontecesse quando a presidência estava em disputa. Foi no mínimo muito deselegante. Agora, tem pessoas que estão achando que isso vem por parte da oposição”, declarou o atual presidente celeste.

Por fim, Gilvan Tavares ressaltou a dificuldade de lidar com o mercado, mas garantiu que irá reforçar a equipe, possívelmente na abertura da janela internacioal de transferências, que acontece no dia 20 de julho, após alinhar nomes com Paulo Bento. O mandatário destacou ainda que há jogadores importantes no departamento médico, como Dedé, Manoel, Rafael Silva, etc.

"Nós estamos com dois zagueiros titulares no departamento médico e estão fazendo falta. Os laterais não estão podendo jogar. O Mayke está voltando agora. No ataque, estamos com ausências importantes: Alisson, Rafael Silva, Marcos Vinícius. Essas coisas, a torcida não acompanha e a imprensa não divulga. E a imprensa fica falando que falta jogadores, mas a gente não pode contratar jogadores para colocar na posição de em quem está contundindo, porque eles vão recuperar a qualquer momento e ficaríamos com plantel muito inchado. Mas, a gente sabe perfeitamente quais são as posições que tem que contratar. A gente esperava definir o treinador para indicar as posições que ele achasse carentes, e a gente contratar de acordo com o treinador. A gente foi atrás de posições, e nós vamos atrás, mas a gente sabe que no Brasil não está tendo. E quem tem não abre mão para o Cruzeiro. A gente tem que buscar fora, e estamos atrás. Quando abrir a janela, esses jogadores já estarão no Cruzeiro”, concluiu,

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