Depois de um Campeonato Brasileiro muito irregular em 2015, garantindo a permanência na elite apenas na última rodada com uma vitória pelo placar mínimo contra o Fluminense, o Figueirense começou 2016 como terminou o ano passado, bastante irregular.

Por ser o maior vitorioso do Campeonato Catarinense, era de se esperar que o alvinegro de Santa Catarina se clasificasse para a final do estadual, em pelo menos um dos dois turnos que são disputados, mas não foi bem assim, visto que o Furacão terminou o campeonato na 4ª colocação geral. Apesar do resultado negativo no estadual, o que se espera do Figueirense para o Brasileirão 2016 é a classificação para a Sul-Americana 2017

ANÁLISE DO ELENCO E CONTRATAÇÕES

Com um elenco modesto, mas poderoso, o alvinegro catarinense tem tudo para atingir a meta estipulada. É verdade que o time perdeu bons jogadores, como por exemplo o goleiro Alex Muralha, que foi vendido para o Flamengo, o zagueiro Thiago Heleno, que se transferiu para o Atlético-PR, e o atacante Clayton, que escolheu o Atlético-MG para atuar em 2016.

Com essas perdas, o Furacão foi ao mercado procurar substitutos, e conseguiu bons nomes para que a equipe mantenha uma campanha regular esse ano, como por exemplo, os meias Michel Ortega, que veio do Junior Barranquilla, da Colômbia, Bady, do Atlético-PR, e Elicarlos, do Náutico, e também dos atacantes Rafael Moura, o He-Man, que veio do Atlético-MG, e Lins, que deixou o Gamba Osaka, do Japão.

Além de um elenco mais experiênte, o Figueira pode contar sempre com o apoio da torcida, que sempre lota o Orlando Scarpelli, fazendo com que o estádio vire um caldeirão e empurrando o time para conquistar a vitória.

ESTÁDIO

Nome: Orlando Scarpelli
Capacidade: 20 mil pessoas
Fundação: 13 de Setembro de 1960

O estádio utilizado pelo Figueira, quando cheio, transforma-se em um verdadeiro caldeirão. A equipe é tradicionalmente conhecida por ser forte em seus domínios, muito por conta da sua apaixonada torcida que sempre que lota, dá seu show.

HISTÓRIA

Da determinação de Jorge Albino Ramos e um grupo de amigos, o Figueirense surgiu em 1921, justamente no momento em que o futebol de Florianópolis e região apresentava-se em declínio com o desaparecimento de algumas agremiações, principalmente do Grêmio Anita Garibaldi.

A origem do nome 'Figueirense' se deu pois a maioria das reúniões para criar o clube aconteciam na localidade da Figueira, famosa árvore centenária do centro da cidade de Florianópolis. O que não estava previsto na época é que o recém-fundado clube, mais tarde, se tornaria o maior vencedor do Campeonato Catarinense e uma das forças do futebol brasileiro.

- Anos 30:
A década de 1930 foi gloriosa para o Figueirense. Neste período, o clube de calções negros, como era conhecido, conquistou o maior número de títulos em 10 anos, vencendo todos os campeonatos que participou, consagrando-se Tri Campeão Catarinense.

Nesta década, as vitórias do alvinegro faziam com que o clube ganhasse, a cada jogo, mais admiradores. E o clube saiu na frente lançando uma campanha para alcançar 200 sócios torcedores.

O maior artilheiro deste período foi Carlos Moritz, carinhosamente chamado de Calico. O jogador esteve presente em todas as conquistas dessa década e vestiu por 12 anos a camisa do Alvinegro – único time em que jogou – tornando-se um dos maiores ídolos de toda a história do Clube com 94 gols.

- Anos 40:
A década de 1940 foi igualmente marcante na história do time alvinegro. Em 1941, o clube tornou-se, mais uma vez, campeão de todos os torneios em que participou: Torneio Início, Campeonato da Cidade e Campeonato Estadual.

Com o time crescendo cada vez mais, a necessidade de um estádio se fazia cada vez presente, e foi então que, de um acordo entre Orlando Scarpelli e Aderbal Ramos da Silva (governador de Santa Catarina), onde cada um se responsabilizaria em doar terras aos dois times da capital, a ideia de ter um estádio se concretizou. Scarpelli doou terras ao Figueirense e Aderbal para o Avaí. No ano de 1947 foram lançados os títulos patrimoniais para arrecadar recursos para o início das obras, e o estádio só seria inaugurado em 1960.

- Anos 50:
Neste período, os recursos financeiros do clube estavam bastante focados nas obras do Estádio Orlando Scarpelli que começaram em setembro de 1948 e se estenderam por toda a década de 1950.

Em 20 de julho de 1951, o Estádio Adolfo Konder inaugurou o seu sistema de iluminação com o maior clássico da cidade. O Figueirense venceu o seu maior rival, o Avaí, com um golaço por cobertura de Bráulio, que entrou para história do clube alvinegro. Também em 1951, o Figueirense tornou-se campeão invicto em uma série de amistosos com clubes paranaenses – o Torneio de Paranaguá – surgindo assim o apelido de Furacão.

- Anos 60:
A década de 1960 começou com grande alegria para o time alvinegro. No dia 12 de junho de 1960, dia em que o clube completava 30 anos de história, foi inaugurado parcialmente o Estádio Orlando Scarpelli, com a realização de um jogo amistoso entre Figueirense e Clube Atlético Catarinense.

Os resquícios de dívidas financeiras de 10 anos de construção do Orlando Scarpelli prejudicaram a performance nos campeonatos da década de 1960. Mesmo assim, o Figueirense sagrou-se campeão de dois Torneios Início – 1961 e 1962 – e do Campeonato da Cidade, em 1965.

- Anos 70:
Aqui, o time alvinegro se tornou o primeiro clube catarinense a representar o Estado em âmbito nacional ao conquistar uma vaga para o Campeonato Nacional de Clubes, em 1973. Neste mesmo ano, a revista Placar, em edição especial, promoveu o concurso “O Mais Querido”, que consagrou as maiores torcidas em cada estado brasileiro. Em Santa Catarina, a publicação reconheceu a força popular da nação alvinegra.

- Anos 80:
Passadas as alegrias que o Figueirense viveu na década passada, a de 1980 foi um pouco penosa para o alvinegro. Mesmo sem conquistar título, o clube conseguiu uma posição de destaque nacional como um grande revelador de atletas, característica que permanece até os dias atuais. Também foi nesta época que o Figueirense conquistou duas importantíssimas taças que marcou sua história cheia de glórias: a Taça Mané Garrincha, em 1983, e a Taça José Leal de Meirelles, em 1985.

- Anos 90:
Os anos 1990 foram marcados por importantes conquistas do Furacão, entre elas, em 1994 com o fim do jejum de 20 anos sem conquistar o Campeonato Catarinense, o primeiro título internacional na Copa Mercosul, em 1995 e a Copa Santa Catarina, em 1990 e 1996.

- Anos 2000:
A virada do século foi grandiosa para o Figueira. Começava agora uma era de importantes contratações, profissionalismo e conquista de títulos. A década de 2000 foi marcada pelo segundo Tricampeonato Catarinense – 2002, 2003 e 2004 – um espetacular resultado que não acontecia desde os anos dourados na década de 1930. Além de levar três títulos seguidos, o Furacão agarrou com unhas, dentes e competência os estaduais de 2006 e 2008, assumindo com muita honra o título de mais vezes campeão de Santa Catarina, totalizando 15 competições.

- Anos 2010:
O Furacão começou com o pé direito a nova década. Após não ter conseguido o acesso à elite do futebol nacional, em 2009, terminando a Série B na 6ª colocação, em 2010, o clube ganha um novo gás e faz uma campanha vitoriosa na competição. Além de conseguir o acesso à Série A, o Figueira consagra-se Vice-Campeão da Segundona, pela segunda vez.

Mais tarde, acabou sendo rebaixado novamente para a segunda divisão . Mas, em 2013, teve um começo favorável na Série B, com oscilações no decorrer do ano e depois de uma goleada de 4 a 0 sobre o maior rival, Avaí, em plena Ressacada, o alvinegro se reergueu com uma sequência de sucesso que trouxe a vitória e o acesso à elite do futebol nacional.