Diferente das outras temporadas, o NBB 7 para o Flamengo foi duro. A campanha teve altos e baixos, a eliminação na Liga das Américas e uma polêmica envolvendo o técnico Neto e Marcelinho ainda tumultuou o ambiente, mas os rubro-negros passaram por isso e garantiram vaga na final pela quinta vez em sete edições. A primeira partida acontece na Arena da Barra e a torcida promete lotar e apoiar o Orgulho da Nação.

O primeiro turno foi o mais difícil. Em 15 jogos, 6 derrotas e 9 vitórias em partidas quase sempre apertadas. Um grande problema enfrentado foi a interdição do Tijuca Tênis Clube, casa do basquete vermelho e preto, por motivos de segurança. Inclusive, o jogo contra o Pinheiros foi cancelado de última hora, mesmo que as equipes já se encontrassem no ginásio. E graças a isso, o time perdeu pontos.

Já na segunda parte do campeonato, a única derrota foi para o adversário dessa final. O Bauru venceu por 92x84 na terceira rodada e repetiu o triunfo da primeira metade, quando derrotou o time do Rio de Janeiro fora de casa por 84x77. Ao fim da primeira fase, o FlaBasquete ocupava a terceira colocação.

A Liga das Américas foi uma grande decepção. Com a chance de vencer mais uma vez em casa, o Flamengo perdeu para o Pioneros por 82 a 81 e frustrou muito a torcida. Quem foi ao Maracanãzinho encontrou um Flamengo nervoso, tentando – sem sucesso – muitas bolas de três e errando demais ofensiva e defensivamente. Essa derrota serviu para dar ânimo à equipe e aumentar a vontade no NBB 7.

Os rubro-negros encontraram seu melhor basquete quando mais precisaram, nas fases finais. Contra o São José, foram cinco jogos complicados. Uma vitória e uma derrota em casa para cada um, mas quando a bola laranja subiu no quinto e decisivo encontro, o Flamengo passou por cima. Já contra o Limeira, os cariocas só precisaram de três partidas para bater os paulistas e passar para a final.

O ídolo Marcelinho Machado teve problemas disciplinares com o técnico José Neto e ficou fora – inclusive do banco de reservas – de quatro partidas (Uberlândia, Franca, Pinheiros e Palmeiras). Mas desequilibrou no último jogo dos playoffs e provou que ainda pode se doar a equipe e dar o máximo de si com a camisa do Mais Querido. 

Demorou até que o entrosamento e o ritmo entrassem em sintonia, mas quando aconteceu ficou claro porque eles são os maiores campeões do Novo Basquete Brasil ao lado do Brasília (3 títulos). Final merecida.