Após a derrota contra o Corinthians por 3 a 0 no Maracanã no último domingo (12), o Flamengo se reapresentou nesta segunda-feira visando a partida do meio de semana pela Copa do Brasil, contra o Naútico fora de casa. Sem Guerrero e Emerson Sheik, o time comandado por Cristovão Borges não funcionou na mesma dinâmica da vitória contra o Internacional. A mudança do esquema e a obrigação de ter a bola mudou a forma da equipe jogar e o meio campo mais combativo não deu sustentação e qualidade necessária na saída de bola.

A derrota foi sintomática e o placar de 3 a 0 mostra bem como o Flamengo foi dominado pelo rival paulista com velocidade e boa troca de passes de acordo com Victor Cáceres: "Foi um sentimento de impotência pois eles foram superiores a nós mas não muito porque estavamos atuando bem até o primeiro gol e com a necessidade e empatarmos o jogo, a equipe ficou muito mais exposta. Depois o Corinthians fez o jogo dele: foi recuando e esperando para sair rápido ao ataque, assim saindo o terceiro gol. Foi um jogo muito ruim para nós", afirmou de maneira categorica o volante paraguaio

Um dos poucos jogadores poupados pela ira da torcida durante o segundo tempo do jogo, quando ele saiu de campo para a entrada do atacante Paulinho contra o Corinthians foi o meio campo Victor Cáceres, que quando questionado sobre isso não soube que a torcida o apoiava. "Na verdade não percebi isso, se foi assim quero agradecer a torcida por estar me respeitando. O técnico é quem escolhe e eu entendi a mudança porque o time precisava ser mais ofensivo então achei boa a mudança", disse o camisa 5 do Flamengo

Depois que voltou da Copa América o volante recuperou a posição de titular que não lhe pertencia quando foi servir a seleção paraguaia e disse que isso fez sentir bem fisicamente e fez bem para si. Ainda falando de seleção ele disse se jogaria ou não como zagueiro assim como fez por vezes no Paraguai: Se o treinador me pedir, posso. Sempre falei que não gosto muito de jogar como zagueiro. Mas se tiver que jogar assim em alguma situação, vou jogar. Já joguei assim em clube ne também no Paraguai também. Não gosto muito da posição mas sei jogar, disse o Victor Cáceres

O esquema de 3 volantes adotado por Cristovão Borges por duas partidas seguidas modificou o posicionamento do paraguaio passando a jogar de segundo volante, sendo Jonas fixo a frente da defesa e ele diz que se sente melhor como jogador de marcação: Tenho muito mais liberdade, a verdade é que nos complementamos bem mas gosto de jogar como primeiro volante do que jogando de segundo e nem todo jogo isso vai acontecer.

O rubro-negro volta a treinar amanhã e logo em seguida embarca rumo ao Recife para entrar o Náutico na Arena Pernambuco na próxima quarta-feira pela Copa do Brasil. Com a volta de Emerson Sheik e Guerrero somadas as ausências de Ayrton e Alan Patrick, por já terem atuado contra o Sampaio Correa quando ambos defendiam o Palmeiras devem acontecer mudanças no onze inicial de Cristovão Borges.