O Maracanã, com mais de 60 mil pessoas, lotado numa linda tarde de domingo, viu um grande jogo de futebol entre duas equipes grandes do futebol brasileiro. Flamengo e Santos fizeram dois tempos distintos, com boa qualidade, boas jogadas ofensivas e o empate de 2 a 2 ficou de bom tamanho para as equipes.

O Mengo, com o empate, se mantém na 11ª posição, com 20 pontos e agora vai encarar a Ponte Preta, em Campinas. Everton é dúvida, já que saiu machucado no jogo de hoje.

Já o Peixe é o 15º, próximo à zona de rebaixamento, com 17 pontos. O Coritiba, na Vila Belmiro, na rodada que vem, será o próximo rival. Geuvânio, também machucado, pode ser dúvida para o jogo.

Intensidade e festa rubro-negra

A bela tarde de sol no domingo carioca era tudo o que precisava para uma boa partida do Flamengo. Atuando com Márcio Araújo e Canteros na frente da zaga, o time carioca tinha, nas laterais, boas combinações de jogadas. As duplas Jorge/Everton e Pará/Sheik, levavam grande perigo ao gol paulista.

O Peixe sentia a pressão. A saída de bola era falha, a transição da defesa para o meio ofensivo demorava muito, fazendo com que a marcação rival se encaixasse bem e travava as descidas santistas. Apenas na base das jogadas individuais, com os rápidos Geuvânio e Lucas Lima, a bola chegava na dupla Gabriel e Ricardo Oliveira, mas a defesa flamenguista era falha também, permitindo alguns sustos do alvinegro.

O Mengo tinha a iniciativa e conseguia envolver o time adversário. Mas o tempo passava e o placar só foi alterado, nos minutos finais. Em jogada curta pela esquerda, Allan Patrick recebeu fora da área, arriscou forte e acertou a gaveta. O chute surpreendente estorou a torcida. A festa e as atenções ainda estavam na comemoração, quando Canteros achou as costas de Zeca, para Sheik usar a velocidade e dar um tapa tirando do goleiro santista. O segundo gol definiu o placar no primeiro tempo e no jogo.

Santos cresce e as emoções duram até o fim

Com um meio campo mais defensivo, Dorival precisava sair mais ao ataque. Marquinhos Gabriel entrou no lugar de Paulo Ricardo e a criação no meio campo ficou mais consistente. Logo, o resultado apareceu.

Em escanteio da direita, cobrado fechado por Lucas Lima, Ricardo Oliveira se antecipou ao goleiro Paulo Victor e descontou no marcador. Os ânimos e a empolgação santista criaram outro jogo. Mais ofensivo, pegou o time carioca desprevinido, com os volantes muito avançados.

O Flamengo perdia a posse de bola, maior na etapa inicial. A marcação santista se acertou e as laterais cariocas não tinham a mesma ofensividade. Guerrero, isolado, era facilmente desarmado, num caixote da defesa praiana e o Mengo viu o rival crescer.

Lucas Lima, maestro do meio alvinegro, organizava e ditava o ritmo do ataque. Em um lance que iniciou com ele, a bola ficou rebatida e o camisa 20 mandou de primeira, na gaveta, marcando um golaço para empatar o jogo. O gol era justo, pelo bom volume de jogo.

A partir daí, o Santos pareceu ter gostado do placar e recuou mais. Mengo tratou de acelerar mais o jogo, mas o cansaço apareceu e tirou muito da qualidade de jogo flamenguista. Sheik ainda mostrava muita disposição tática, mas faltava na frente. Cristovão colocou, então, Gabriel, aumentando a qualidade na armação, e o resultado foi uma enorme pressão nos minutos finais. Everton, Sheik e Jorge pararam em Vanderlei, que garantiu o empate, com grandes defesas, e um milagre, cara a cara com o ataque flamenguista.