Debutando na Copa Sul-Minas-Rio, Atlético-MG e Flamengo fizeram um bom jogo, apesar do início de temporada. Com Guerrero desencantando depois de cinco meses, o rubro-negro venceu por 2 a 0, dentro do Mineirão.

O Atlético entrou em campo com um desfalque muito importante. O zagueiro Jemerson foi vendido na tarde desta quarta-feira (28) para o Mônaco-FRA. Em seu lugar, entrou Tiago, já que Erazo, provável substituto, ainda não foi inscrito na CBF, assim como os demais jogadores que vieram de fora: Hyuri e Cazares.

O Flamengo, de Muricy Ramalho, declaradamente estava fora de ritmo, tanto que começou a temporada com um empat e uma derrota. No entanto, o teste com novos jogadores mostrou que o elenco Flamenguista pode chegar longe no ano. 

Na próxima rodada, o Atlético-MG joga contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, sábado (6), enquanto o Flamengo recebe o América-MG, no Rio de Janeiro, quarta-feira (17).

Atlético-MG domina primeira etapa mas não abre o placar

Visivelmente mais entrosado e encaixado em todas as posições, o Atlético-MG se mostrou mais preparado que o Flamengo, que se apresentava com muitas deficiências, principalmente no meio-campo, onde o rubro-negro pouco produzia.

Logo de cara, o Atlético-MG assustou o Flamengo. Na cobrança de escanteio pela direita por Giovanni Augusto, o zagueiro Tiago subiu mais alto que todos e escorou a bola que bateu no travessão. Este seria o cartão de visitas do Galo.

O técnico Diego Aguirre apostou na velocidade de Patric pela direita, trabalhando mais próximo de Marcos Rocha, com Dátolo centralizado e Giovanni Augusto aberto pela esquerda. A estratégia deu certo, pois o Galo tinha maior posse de bola e incomodava mais. Já Muricy Ramalho focalizou os trabalhos do Flamengo pelo lado direito, deixando Everton aberto pelo lado trabalhando com Rodinei. No entanto, o time rubro-negro pouco produzia, cedia facilmente à marcação do Galo e não trazia problemas à defensiva Atleticana.

Outras oportunidades aconteceram a favor do Atlético-MG. No contra-ataque, Dátolo partiu em velocidade e tocou para Lucas Pratto. O centroavante, aberto pela direita, cruzou para Giovanni Augusto que, sem goleiro, chutou para o gol. No entanto, o argentino não contava com o desvio providencial de Gabriel, que tirou a bola para escanteio.

Pouco depois, novamente Giovanni Augusto recebeu da direita de Marcos Rocha e aproveitou para finalizar rasteiro, exigindo grande intervenção de Paulo Victor. O Flamengo só começou a melhorar quando teve maior variação de jogadas pelas pontas e assim atraiu o Galo para sua defesa.

Flamengo se apresenta mais e Guerrero desencanta

O segundo tempo foi diferente para os dois times. Enquanto o Atlético-MG perdia sua intensidade que ditou o ritmo da equipe na etapa inicial, o Flamengo deixava a morosidade de lado, se apresentava mais para o jogo e colocava o Galo com uma postura defensiva. 

O Mengo ocupou mais o campo de ataque, com os laterais se fazendo presente ofensivamente, além de Everton e Gabriel invertendo os lados com frequência. O Atlético-MG se perdia na movimentação Flamenguista e aquilo que era uma arma do alvinegro, se tornava inútil frente à segunda etapa do rubro-negro.

Muricy Ramalho tinha mais opções de banco que Diego Aguirre e tamanha superioridade dentre os suplentes favoreceu o Flamengo na hora da decisão. Gabriel, sem apresentar qualidade deu lugar a Marcelo Cirino, fazendo com que esta mudança fosse uma cartada ideal para o Flamengo. No contra-ataque, Marcelo recebeu em velocidade e cruzou aberto para Paolo Guerrero bater firme, a meia altura, no canto esquerdo de Victor que nada pôde fazer. Guerrero não marcava há cinco meses.

Com três mudanças que pouco refletiu no time, Lucas Cândido, Dodô e Pablo, Diego Aguirre demonstrava não ter muitas opções em campo, mesmo trocando a base tática, mas sem peças que pudessem definir a partida. Muricy Ramalho ainda colocou Chiquinho e Canteros, que ajudaram a fechar o meio-campo do rubro-negro e trancaram o Galo.

Para fechar a partida, Guerrero recebeu em posição legal, a zaga do Atlético-MG parou e o atacante carregou a bola e bateu rasteiro, novamente sem chances para Victor. A atuação do Flamengo pode não ter sido a melhor, mas mostrou a Muricy que o rubro-negro tem peças que podem ajudar o time. A Diego Aguirre, nunca um banco de reservas mais encorpado fez tanta falta para o Galo.