Em junho quando disputada foi a partida válida pelo primeiro turno, Palmeiras e Flamengo nem sonhavam com a futura disputa pelo título no Campeonato Brasileiro 2016. A derrota do Flamengo jogando diante de seus torcedores foi o primeiro revés sofrido pelo recém-efetivado treinador Zé Ricardo à época.

Os times começaram acesos e logo marcaram dois gols em cinco minutos de partida. Gabriel Jesus, atual vice-artilheiro somando 10 gols, marcou pelo alviverde aproveitando passe açucarado de César Martins, zagueiro do Flamengo e invadiu a área para chutar no canto esquerdo de Alex Muralha.

Alan Patrick empatou rápido para o Flamengo dois minutos depois e deixou o placar assim até o fim do primeiro tempo. Lembram do César Martins que falhou no primeiro gol da partida? Fez uma brilhante com as mãos evitando gol do Palmeiras mas de nada adiantou pois a bola foi parar na cal e o antigo camisa 3 ainda foi expulo. Jean deu números finais, 2 a 1 Palmeiras.

De todos os fatos impressionantes, gols rápidos, defesa milagrosa e jogador expulso nada chamou mais atenção que a disputa fatal nas arquibancadas onde organizadas palestrinas e rubro-negras se digladiaram no intervalo, aproveitando se da má preparação para grandes eventos do contingente policial.

Cenas marcantes como um torcedor cadeirante sendo retirado nos braços do pai, diversas crianças, mulheres e os jogadores lacrimejando ou passando mal pelo erradamente espalhado gás de pimenta que empenetrou todos níveis do Mané Garrincha tocam até hoje e marcam muito mais que a partida em si envolvendo os dois gigantes.

Marcam tanto que o ato do primeiro turno ainda respinga na partida desta quarta-feira. O Allianz Parque não receberá vinte por cento da torcida do Palmeiras, muito menos a torcida visitante e ainda verá o setor Gol Norte (ingressos mais baratos) fechado. Tudo fruto da baderna na ida que resultou num torcedor em coma, que perdura na situação por todo esse tempo.

O Superior Tribuna de Justiça fez um “favor” ao futebol mostrando suas garras tardiamente e atrapalhando o espetáculo. Tomara seja a única interferência não-futebol e que o jogo se influencie pouco por toda essa situação envolvendo suas respectivas torcidas.