Na noite desta sexta-feira (27), Goiás e Brasil de Pelotas empataram por 1 a 1 em partida válida pela quarta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Felipe Garcia abriu o placar a favor dos pelotenses, que ainda desperdiçaram um pênalti com Nena no primeiro tempo. Na etapa final, Rafhael Lucas deixou tudo igual no Estádio JK, em Itumbiara/GO.
Dessa forma, o Xavante soma o seu sétimo ponto na competição e pula provisoriamente para a terceira colocação. O próximo compromisso vermelho e preto está agendado para as 19h15 de terça-feira (31), quando o time de Rogério Zimmermann recebe o Paysandu no Bento Freitas.
Os goianos, por sua vez, permanecem na zona intermediária da tabela de classificação, agora com cinco pontos somados. Os comandados de Enderson Moreira também voltam a atuar no mesmo dia e horário que o Xavante, quando encaram o Ceará no Castelão.
Visitantes abrem placar e perdem pênalti pouco depois
Ao soar do apito do árbitro Charles Ferreira, o Goiás logo mostrou suas armas. Buscou o campo de ataque através da bola longa e ameaçou em cobranças de faltas laterais, mas não ameaçou a meta gaúcha. A primeira chegada de perigo dos goianos se deu aos 4 minutos, mas a conclusão de Cléo desviou em Leandro Camilo e saiu pela linha lateral. A resposta rubro-negra veio com Felipe Garcia, que dominou pela direita e inverteu o jogo para Nena, posicionado na grande área. Em ação providencial, Johnatan esticou o pé e afastou o perigo.
E foi a partir de um erro que nasceu o gol xavante. Quando o cronômetro marcava 12 minutos, Wender avançou no território de ataque e tocou para Felipe Garcia. Após a falha no domínio do camisa 7, Nena se enroscou com a defesa esmeraldina e caiu no gramado. A pelota se ofereceu para o próprio Felipe Garcia, que, cara a cara com Renan, dividiu com a zaga e inaugurou o marcador.
Dois minutos se passaram e o Brasil se viu diante de uma grande oportunidade de ampliar a vantagem. Em lance despretensioso, Johnatan errou o recuo para Wesley Matos e deu um presente para Nena, que não recusou o regalo. No interior da área, o centroavante serviu Nathan, que, de frente para a meta, finalizou em cima de Renan. Ainda na primeira metade do duelo, a defesa verde e branca já colecionava trapalhadas.
Pouco depois, em mais uma falha da defesa local, o Xavante teve na marca da cal a chance de ampliar a vantagem. Tudo começou com Nathan, que escapou da marcação e fez o cruzamento rasteiro. Deivid afastou para o meio, onde Diogo Oliveira foi parado com falta por Wesley Matos: pênalti e cartão amarelo para o camisa 3 do Goiás. Na cobrança. Nena bateu fraco no canto inferior direito e facilitou o trabalho de Renan, que caiu no mesmo lado e agarrou firme.
O Alviverde, que até então encontrava pouco espaço na faixa central do gramado e se limitava a explorar os flancos do campo – também sem sucesso -, aos poucos começou a levar mais perigo. Aos 19, Léo Sena arriscou do meio da rua e Eduardo Martini defendeu em dois tempos. Na sequência, Wendel recebeu de Rossi no bico da área e bateu torto, longe do arco vermelho e preto.
Por fim, Rossi recebeu pela esquerda, puxou para o meio e finalizou colocado, sem força. O despretensioso lance assustou Martini, que, atrapalhado pelo quique da pelota, espalmou pra fora. O perigoso lance dos goianos teve início a partir de um erro de Wender, que, posicionado ao lado da bandeirinha de escanteio no terreno de ataque, tentou o levantamento na área mas pegou muito mal na bola, propiciando o contra-ataque adversário.
O final da etapa inicial foi marcado pelas chances desperdiçadas. Principalmente dos pelotenses. Aos 37, Wender cobrou o lateral na área, a zaga desviou pra trás e a bola sobrou nos pés de Nena. Quase na pequena área, o camisa 9 bateu mal e a redonda saiu pela linha de fundo. Pouco mais tarde, Diogo Oliveira foi lançado pela direita e, com muita liberdade, concluiu por cima. Na vez do Goiás, Wendel completou a cobrança de escanteio e tocou de cabeça na direção da segunda trave. Ali, Cléo escorou com o peito e obrigou Martini a intervir com precisão.
Goiás melhora e busca o empate
As equipes voltaram sem nenhuma modificação para o segundo tempo. O panorama também se manteve, com o Goiás encontrando dificuldades em trabalhar o jogo no território de ataque. Um dos raros destaques dos anfitriões na primeira metade do embate, Rossi foi deslocado para a ponta direita. E foi dali, aos 4 minutos, que o camisa 7 tentou o cruzamento na segunda trave, mas Eduardo Martini se esticou todo e evitou que a redonda chegasse em Rafhael Lucas. Léo Sena tentou aproveitar o rebote, mas a finalização foi travada por Leandro Leite.
O cenário antes favorável ao Brasil, aos poucos, caiu por terra. O Esmeraldino cresceu na partida e trabalhou a bola com maior tranquilidade pelo meio, setor no qual o Xavante oferecia pouco espaço até então. Concomitantemente, a figura de Léo Sena se sobressaía. E foi exatamente dos pés do meio-campista que saiu o gol de empate na noite. Aos 9, o camisa 10 achou passe milimétrico para Rafhael Lucas, que ingressou na área, chutou no alto e decretou a igualdade: 1 a 1.
Principal símbolo da melhora dos goianos, Léo Sena quase colocou sua equipe em vantagem. Rossi recebeu quase no limite do campo e serviu o meio-campista, que aproveitou o espaço e, da entrada da área, soltou o pé. Atento no lance, Martini caiu no canto e fez grande intervenção. O campo de ataque já não era habitado com a mesma frequência pelos atletas rubro-negros, que, em algumas ocasiões, postavam-se todos atrás da linha divisória do gramado.
Quando o cronômetro assinalava 20 minutos, uma confusão se instalou na área vermelha e preta depois da cobrança de escanteio. Na sequência, a bomba soltada por Léo Sena do meio da rua saiu perigosamente à direita da meta. Wendel também tentou no arremate de longa distância, mas Martini operou mais uma grande defesa e espalmou pra fora.
O Alviverde já não tinha o mesmo ímpeto de outrora, enquanto o Brasil, aparentemente satisfeito com o placar, pouco se aventurava no ataque. Já nos lances derradeiros, o Esmeraldino explorou o jogo aéreo, mas não gerou nenhum perigo para Martini. O Xavante, por sua vez, chegou com Ramon. Já nos acréscimos, o ponta completou o promissor contra-ataque com um chute fraco pela linha de fundo. Após o lance, até havia tempo para mais chegadas, mas o empate prevaleceu até o apito final do árbitro Charles Ferreira.