Grêmio e Figueirense entraram em campo na noite desta quarta-feira (22), na Arena, com objetivos distintos na tabela. Em situações invertidas, Tricolor e Alvinegro fizeram um jogo abaixo das expectativas, que terminou na vitória dos gaúchos por 1 a 0 em partida válida pela 30ª rodada do Brasileirão.

Com o resultado, os donos da casa continuam na 6ª posição, mas agora diminuem a distância do G-4 para um ponto. A fim de entrar de vez no pelotão de frente, o Grêmio encara o Coritiba, fora de casa, na próxima rodada, em jogo marcado para às 18h30 de sábado (25). No mesmo dia, às 16h20, o Figueirense enfrenta o Cruzeiro, em Florianópolis. Com 35 pontos e a quatro da zona de rebaixamento, o Furacão precisa de 6 a 9 pontos para confirmar a permanência na elite.

Grêmio sem eficiência e Figueira apático marcam primeira etapa

Dudu e Barcos retornaram ao time de Felipão para oferecer perigo ao adversário. E a dupla de ataque, sem dúvidas, jogou por todo o meio-campo tricolor. Se Zé Roberto teve atuação apagada, os atletas de referência foram responsáveis pelas poucas, mas principais chegadas do Grêmio ao ataque. O Figueira, pressionado pela marcação dos donos da casa, contentou-se em sair no erro tricolor.

Apesar de veloz e perigosa, a ofensividade do anfitrião converteu, no máximo, chances em escanteios ou finalizações mascadas. Dudu saía de seu posicionamento para buscar a bola e encontrar Barcos, mas as jogadas acabavam sem uma fatal conclusão e arrastavam o jogo para um empate morno. Rivaldo, aos 12 minutos, representou a apatia ofensiva do Grêmio com finalização que surpreendeu Grohe, o obrigando a fazer uma defesa com a ponta dos dedos.

Aos 35 minutos, a polêmica da partida: Zé Roberto entra na área pela ponta esquerda e recebe carrinho de Nirley. O árbitro, longe do lance, marca pênalti, mas com convicção. Felipão avisava do banco, aos gritos, que era a grande oportunidade do time de Porto Alegre no confronto. Barcos, atendendo às exigências, bateu forte e tirou Volpi da foto - 1 a 0 na Arena. Salvo uma finalização de Marco Antônio nas mãos de Grohe, o primeiro tempo terminou assim.

Visitantes melhoram, mas Tricolor segura

Para movimentar e botar o ataque dentro das triangulações de ataque do seu time, Argel Fucks promoveu a entrada de Mazola no lugar de Clayton, apagado. A mudança surtiu efeito provisório, já que de fato o Figueira ganhou significativa movimentação. No entanto, o problema dos alvinegros em achar espaço para jogadas, muito visto no primeiro tempo, persistiu na etapa complementar. Sem perigo, o Figueira ainda abriu sua defesa para favorecer contra-ataques do Grêmio, tranquilo no confronto. Aos 7 minutos, Dudu chutou dentro da área e Volpi pegou à queima-roupa. No rebote, Barcos tentou de letra e a zaga afastou.

Com o apoio da torcida, os comandados de Felipão até começaram a gostar da partida, mas a necessidade do resultado era bem maior do lado do Figueirense. O time de Florianópolis foi pra cima e chegou ao ataque. Sem sucesso, é verdade: Mazola aos 18 e Marcão aos 21 chutaram de bico em jogadas individuais e não assustaram Marcelo Grohe.

O jogo seguiu nesse compasso lento, com certa pressão dos visitantes, mas sem real êxito. Aos 44 minutos, Rivaldo deu carrinho violento e foi expulso de forma direta pelo árbitro Vinicius Furlan. Irritado, o volante representou toda a indignação do time catarinense pelo pênalti marcado no primeiro tempo ao sair xingando e fazendo gestos de "roubo" para o juiz. Por fim, o apito final soou para os cerca de 18 mil torcedores na Arena.