No fim da tarde desta terça-feira (19), o zagueiro argentino Walter Kannemann, ex-Atlas, foi apresentado à imprensa e torcida, após os treinamentos do Grêmio no CT Luiz Carvalho. Questionado inicialmente por ser a última contratação à defesa gremista, Kannemann demonstrou a humildade de não se ver como a resposta imediata aos problemas e se mostrou alegre pela vinda a Porto Alegre.

"Creio que não sou a solução. Venho ao time que está em terceiro no torneio do Brasil. Estou orgulhoso de pertencer a esta equipe. Minhas características são de tratar dos atacantes e tratarei de ser um central forte, para dar seguridade à equipe", afirmou o defensor.

"Como devem saber, venho das férias e creio não vou estar pronto para este final de semana. Creio que vou passar por condicionamento e depois o corpo técnico me dirá quando estarei apto a jogar", disse Kannemann, negando possibilidades de atuar contra o São Paulo, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O argentino foi questionado pela sua altura, que, segundo o repórter, seria de 1,83m, como o mais baixo dentre as opções do técnico Roger Machado no plantel. O defensor demonstrou ainda não conhecer bem os companheiros do grupo, mas novamente fez menção a procurar aptidão física primeiramente.

"Me roubaste dois centímetros (risos). Não sei a altura dos demais, mas tratarei de dar o meu melhor à equipe e estar apto fisicamente", disse.

Kannemann durante apresentação oficial (Divulgação / Grêmio)

Kannemann tem passagem pelo San Lorenzo e foi questionado sobre as semelhanças de atuar na Argentina e no sul do Brasil. "O futebol daqui é muito aguerrido e muito parecido com o futebol argentino".

Segundo o atleta, o esforço para concretização do negócio para vir a Porto Alegre foi conjunto: "Tanto Grêmio quanto eu fizemos muita força para isso se tornar realidade. Graças a Deus, estou muito contente de ser jogador do clube"

O jogador frisou fazer todo o possível para ajudar ao Grêmio e aos companheiros. Também elogiou o reconhecimento do clube porto-alegrense no cenário sul-americano. Sobre a estadia no Atlas, Kannemann revelou que o clube do México não passava por um bom momento.

"Muitas boas referências, internacionalmente. Qualquer um gostaria de jogar no Grêmio. No Atlas, não fomos bem no primeiro semestre e entramos com alguns problemas institucionais, uma reestruturação. Não foi muito bom esse último semestre", reforçou o zagueiro.

Kannemann respondeu sobre seu estilo, se é mais técnico para sair jogando ou utiliza de recursos como chutões e lançamentos longos. Falou também sobre as características dos atacantes no Brasil.

"O central tem que decidir o melhor possível, quando deve sair jogando e quando não, tomar essa decisão. Vamos ser realistas, há atacantes de muita velocidade e rapidez. Mas pelos anos que tenho, com partidas internacionais, tratarei de me sobressair e complicá-los ao máximo", comentou o ex-jogador do Atlas.

Alberto Guerra minimiza ausência de Miller Bolaños por problemas pessoais

Após as perguntas dirigidas ao novo defensor do Grêmio, o diretor de futebol Alberto Guerra comentou sobre o fim da janela de transferências e a situação de outro estrangeiro do elenco, o atacante equatoriano Miller Bolaños.

"O Grêmio segue atento ao mercado. Estamos praticamente encerrando o ciclo de contratações. O que aconteceu com o Bolaños foi pessoal. É dele, não do Grêmio. Nós entendemos o problema e assunto encerrado. Bola para frente. Bolaños não tem proposta, não tem sondagem e não nos procurou com esse intuito", falou Guerra.

Já o meia Giuliano tem sondagem do Zenit, da Rússia. Alberto Guerra afirmou que dessa vez a imprensa tem razão, mas que não há negociação feita.

"É mais uma das sondagens, essa correta. Mas não temos proposta concreta e quando chegar, nós analisaremos", disse o dirigente para sanar as dúvidas da imprensa e torcedores sobre os jogadores do plantel gremista.

O Grêmio volta a campo no domingo, quando enfrenta o São Paulo, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena, em Porto Alegre.

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.