Na noite da última quarta-feira (12), o Internacional empatou por 1 a 1 com o São Paulo, no Morumbi, em partida antecipada pela 35ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O ponto somado em jogo de atuação polêmica da arbitragem de Heber Roberto Lopes recolocou o Colorado no G-4, somando agora 57 pontos na tabela de classificação.

O técnico do time gaúcho, Abel Braga, teve problemas para escalar a equipe, pois teve as ausências do capitão D'Alessandro, com dores na coxa, de Cláudio Winck, desfalque até o fim da temporada e os volantes Willians e Aránguiz, que foi convocado para a Seleção Chilena. Diante disso, comentou sobre a postura tática do seu contra o vice-líder do campeonato.

"A estratégia foi aquela que pelo menos 70% das equipes usa contra nós: jogando por uma bola. Nós jogamos por uma bola. Então hoje montamos a estratégia de que deveríamos defender muito bem com esse time. Chegamos a ter a segunda, a terceira, a quarta bola. Mas o empate ficou de bom tamanho", declarou, satisfeito com a volta ao grupo de acesso à Libertadores, momentaneamente no 3º lugar.

Valorizando o ponto conquistado diante do 2º colocado e que se encontra disputando a semifinal da Copa Sul-Americana, desconversou e manteve a linha de que o clube gaúcho se defendeu bem do Tricolor. O esquema com três zagueiros, porém, foi descartado para o próximo jogo e só foi utilizado devido à necessidade de não se expor ao ataque dos paulistas.

"Esquece. São poucos times que possuem tantos jogadores assim. Foi uma necessidade, até por alguns jogadores não estarem com o ritmo ideal. Ygor e Bertotto voltaram após algum tempo. Precisávamos fechar a casinha. Não serão três zagueiros", adiantou.

O jogo foi cheio de lances polêmicos e o atacante Wellington Paulista chegou a declarar que o árbitro descontrolou emocionalmente o Inter. Sobre os possíveis erros, o treinador defendeu o paranaense, mas minimizou as falhas e criticou a expulsão do lateral-esquerdo Fabrício.

"O Héber é um grande árbitro. A situação é que dizem que ele errou no nosso gol, que estava impedido. Erro, há o erro do goleiro, do zagueiro, do atacante, do bandeira, só não se pode errar a segunda, a terceira e a quarta. Foi a segunda expulsão dele no ano e em um lance em que não foi falta. Mas não acho o Héber um árbitro rancoroso e acho que não tem isso de descontrolar o time", afirmou Abel.

Por fim, Abel disse que o certame teve um grau de dificuldade menor do que o conquistado por ele, com o Fluminense, em 2012. O Inter, segundo ele, errou demais em algumas rodadas. Com isso, ele espera que as próximas três, quando atuará dentro de casa, sejam com "erro zero". Com a troca na presidência da agremiação, o comandante não garante sua continuidade para 2015 e fala sobre o que foi construído no decorrer do torneio.

"Foram 29 rodadas no G-4 e acho que deixo um legado se não ficar no clube. Hoje você tem o Alisson, o Alan Costa, Bertotto, João Afonso, Thales, o Touche, o Leandro que a gente pega de vez em quando. Um montão de garotos fazendo parte do grupo. É um legado, cara", disse.

Na sequência, pela 34ª rodada, o Internacional recebe o Goiás no domingo (15), às 17h (de Brasília), no estádio Beira-Rio. Os goianos ocupam a 10ª posição, com 44 pontos ganhos, advindos de vitória por 3 a 0 ante o Bahia.