O Internacional apresentou oficialmente, nesta terça-feira (23), o técnico para a temporada de 2015. Após o insucesso nas tentativas de obter Vanderlei Luxemburgo, Tite e Mano Menezes, a solução foi encontrada no país vizinho. Diego Aguirre tem 49 anos e vem ao Brasil pela primeira vez para treinar uma equipe.

O ex-atacante do Internacional nos anos de 1989 e 1990 chega para lutar pelo sonho dos gaúchos, que buscam o tricampeonato da Libertadores da América. O treinador foi o responsável pela eliminação colorada em 2011, quando o Peñarol venceu por 2 a 1 no Beira-Rio e chegou até a final da competição na oportunidade. "Acho que hoje sou melhor treinador que em 2011, porque tive mais experiência e mais jogos."

Apesar das palavras do presidente recém eleito, Vitório Píffero, de que o Inter não procuraria um treinador estrangeiro, Diego Aguirre surgiu como opção e logo foi contatado pelo vice-presidente de futebol, Luiz Fernando Costa, que viajou até Montevideo. Embora não seja o nome inicial dos sonhos dos colorados, a vinda do uruguaio se mostra viável também pela condição salarial, com uma comissão técnica bem mais barata que a sustentada anteriormente com Abel Braga. Na apresentação, o vice de futebol, responsável na negociação, foi categórico: "O bom filho a casa torna", afirmou. Já Aguirre iniciou a entrevista coletiva com o tom da missão que tem pela frente. "Treinar um clube brasileiro é um desafio muito grande para mim. Sei que muitos estrangeiros não tiveram bons trabalhos aqui".

Além do Peñarol, o técnico tem passagem por outros clubes uruguaios, pelo Aucas, do Equador, e pelo Alianza Lima, do Peru. Seus últimos clubes foram do Oriente Médio. "É difícil para mim dizer se sou um treinador top ou não. Vocês vão ver como eu trabalho no dia a dia, como vai jogar o Inter em campo. Aí vão ver se sou ou não um treinador de ponta. Cabe a vocês avaliarem ao final do ano."

Quanto ao grupo colorado, Diego Aguirre afirma que o Inter tem grandes jogadores e um grande plantel. Se vierem jogadores estrangeiros, tem de ser para somar. Destacou a chance de trabalhar novamente com Nilmar, que já foi seu comandado por dois anos no Al-Rayyan. Elogiou o atacante por sua qualidade e disse que vai buscar, junto ao atleta, o melhor para seu posicionamento em campo. Também deixou claro seu ponto de vista de que vai procurar montar uma equipe, não um time com uma única referência.

Ao finalizar, ressaltou a importância da copa continental no currículo. "Libertadores é a máxima glória que pode haver para uma equipe. O que posso prometer é que vamos trabalhar muito para conseguir esse objetivo. Todas as grandes equipes da América estão nesta edição." Ao término da coletiva, a direção lhe entregou a camisa 15, a mesma numeração que Aguirre utilizou no chamado Gre-Nal do Século, em 1989. O uruguaio foi bastante cumprimentado pelos dirigentes e torcedores presentes. "Está na hora de um treinador estrangeiro fazer sucesso aqui no Brasil", deixou como recado.