O Veranópolis recebe o Internacional neste domingo (22), às 16h, pela 12ª rodada do Campeonato Gaúcho, no estádio Antonio David Farina. O jogo vale a taça da Femaçã, evento a ser realizado no município da serra no mês de abril. O vencedor do duelo fica com o estimado objeto e em caso de empate, o visitante, o colorado, consegue a conquista.

Independente disso, o Inter do técnico Diego Aguirre mantém uma logística de preservar titulares no torneio e vai com escalação reserva para o confronto. Com um jogo a menos e 19 pontos somados até aqui, o Inter entra na rodada como terceiro colocado. Uma vitória, aliada aos resultados paralelos, pode colocá-lo na liderança. Já o Veranópolis não faz campanha que lembre outras participações, como o título do interior em 2012. É apenas o 12º, com 11 pontos na tabela.

Veranópolis é algoz colorado de outras oportunidades

O Internacional vem sendo quase imbatível nas últimas edições do Campeonato Gaúcho. Sem se importar com a superioridade vermelha na década do estadual, está o Veranópolis. O clube é sediado na menor cidade da elite do futebol gaúcho. Com pouco mais de 22 mil habitantes, Veranópolis, município serrano, criou um hábito incomum entre os demais clubes do interior. O costume é o de bater o Internacional em casa.

A vitória mais famosa foi em 2007, quando o Inter, recém campeão mundial no ano anterior, chegou a Veranópolis com os titulares e precisando do resultado para classificar à fase seguinte. Eis que, em plena primeira fase do Gauchão, o VEC sepultou as chances coloradas, na que foi a pior participação do Internacional na história do estadual. Vitória do pentacolor da serra por 2 a 1, com gols de Dinei e Marcos Alexandre para o VEC.

Em 2014, quem sacou a invencibilidade colorada no ano foi também o algoz Veranópolis. Contra um time misto do Inter, vitória novamente na cidade da serra, dessa vez por 1 a 0. A derrota impediu o colorado de comemorar o título gaúcho de forma invicta. Se os resultados citados são de tempos que não correspodem mais, a verdade é que o Veranópolis disputa a competição para surpreender.

Nesta edição, por enquanto, o imprevisto ficou por conta da vitória na Arena, sobre o Grêmio, quando o VEC ocupava a condição de lanterna do torneio. Fora da zona de rebaixamento atualmente, a expectativa é subir na tabela e se afastar de vez da zona da degola.

A distância do pentacolor para o primeiro time da zona, o Caxias, é de três pontos. Qualquer tropeço agora pode significar a queda mais adiante. Ciente disso, o técnico Julinho Camargo, que vem de derrota para o Passo Fundo no último fim de semana, sabe da importância do jogo com o colorado.

Internacional tem time reserva novamente

Se Veranópolis não costuma dar vida fácil ao colorado da capital, o técnico Diego Aguirre opta pelo uso dos reservas em mais um compromisso pelo estadual. No meio de semana, o Inter arrancou um empate no Equador, que o deixou em segundo lugar na chave 4 da Copa Libertadores da América. O resultado foi importante, mas ainda não encaminha definitivamente a classificação ao mata-mata do torneio sul-americano.

Voltando o foco ao Gauchão, a equipe para encarar o VEC deve ser semelhante ao enfrentamento com o Brasil de Pelotas, quando o Inter conseguiu a vitória no último domingo. João Afonso e Alan Ruschel disputam uma das vagas de volante. Na armação, a posição fica entre Jorge Henrique e o argentino Luque.

Na frente, outro argentino, Lisandro López, está fora por lesão no menisco. O estrangeiro, por não estar inscrito na fase inicial da Libertadores, vinha reforçando o time reserva do colorado no Gaúcho. Já o meia Anderson, que pintou no segundo tempo contra o Xavante e contra o Emelec, pode atuar mais tempo neste domingo.

O desempenho dos reservas do Inter no campeonato é muito bom, superior, inclusive, ao período de jogos dos titulares no Gauchão. O jogo ante o Veranópolis é o sexto consecutivo dos suplentes no estadual, com apenas a derrota para o Juventude como resultado negativo. Retrospecto dos reservas que pode ser essencial para não fazer feio diante da corte da Festa da Maçã de Veranópolis.

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.