Neste sábado (11), Brasil de Pelotas e Internacional começaram a decidir quem avança à final do Campeonato Gaúcho 2015. Sem o interditado estádio Bento Freitas, o Xavante, que mandou jogos da fase de classificação na Boca do Lobo, foi à cidade vizinha para jogar em casa. No estádio Aldo Dapuzzo, pertencente ao São Paulo de Rio Grande, drama e confusão não faltaram.

Em campo, o primeiro tempo teve um bom volume de jogo e alguns momentos de tensão. Rafael Moura, antes do término, colocou o Colorado em vantagem: 1 a 0. Após muito atraso e confronto entre torcedores e policiamento no intervalo, a ambulância deixou o estádio para atendimentos. No adiado recomeço para a etapa final, melhor para o Brasil. Com pressão, o Xavante conseguiu o empate de pênalti. Rafael Forster cobrou para fazer o 1 a 1.

O Inter tem pela frente decisão pela Libertadores, com jogo fora de casa na quinta-feira, contra a Universidad de Chile, em Santiago. O confronto é válido pela penúltima rodada do grupo 4 da competição sul-americana. No domingo (19), a decisão pelo Gaúcho: Internacional e Brasil buscam a vaga na final no Beira-Rio, 16h.

Internacional consegue vantagem com gol de He-Man

Com estádio lotado, o clima foi de grande contágio em pleno Aldo Dapuzzo. O Brasil teve a primeira boa chance aos 13 minutos. O meia Diogo Oliveira girou sobre o marcador e finalizou à direita de Alisson. A resposta colorada veio em seguida, aos 15'. Alex cobrou falta e Eduardo Martini colocou para escanteio.

Novamente o goleiro xavante foi acionado em bola parada. Nilton cobrou a infração sofrida por Rafael Moura e Martini foi buscar o chute para salvar os rubro-negros. O caminho parecia através dos ensaios nos treinos. Valdívia cobrou mais uma e a redonda carimbou o poste do goleiro do Brasil em outra boa chance criada.

Com 29' jogados, Alex Amado cai na grande área, mas o árbitro Anderson Daronco não marcou penalidade máxima contra o Internacional. Aos 31 minutos, em tentativa de tabela, Eduardo Martini cortou o passe de Valdívia para Moura. Após alguns atendimentos médicos e desentendimentos entre os atletas, o gol nos acréscimos. Rafael Moura foi o velho He-Man e, de cabeça, teve a força para abrir o placar: 1 a 0, em desvio de cobrança de falta do meia Valdívia. Vantagem colorada para o intervalo.

Após muito atraso, o segundo tempo e a reação do Xavante

O Xavante passou por mais um drama antes da bola rolar na etapa final. Com uma confusão entre torcedores do rubro-negro pelotense e a Brigada Militar, o jogo ficou impedido de reiniciar. Inclusive atletas e comissão técnica da equipe da zona sul foram próximos ao tumulto para pedir calma aos mais exaltados. No saldo negativo, a ambulância saiu do Aldo Dapuzzo para atendimentos. A preocupação se deu pelo fato do atraso do longo intervalo poder prejudicar o acabamento da partida. O gerador de energia não estava garantido para o duelo entre Brasil e Inter atravessar a tarde para o período da noite. Apesar disso, a bola voltou a rolar com quase meia hora de atraso.

Enfim, Anderson Daronco apitou para a volta do futebol. O índio se lançou com tudo e quase igualou o marcador em tentativa de Diogo Oliveira, que Alisson voou para espalmar. Aos 4 minutos, Papa, que entrou no lugar de Nena, acertou a trave.

O Inter pouco atacou no segundo tempo, mas Eduardo Martini espalmou a chance de Rafael Moura marcar mais um. Intervenção fundamental do goleiro dos rubro-negros. Do outro lado, o Brasil tentou muito buscando a bola aérea na referência do centroavante Gustavo Papa. O colorado se defendeu como conseguiu.

Sem iluminação e com o fim da tarde se aproximando, as chances passavam e o dramático resultado para o Brasil permanecia. Mas, aos 35, a redenção ao insistente índio. Pênalti de Geferson sobre Diogo Oliveira. Rafael Forster foi encarregado de cobrar. Cobrança firme, uma paulada para não desperdiçar: 1 a 1 no Aldo Dapuzzo.

Apesar da aparente fogueira a se formar nos minutos finais, o jogo se encaminhou para teminar com a igualdade no marcador. Os três minutos de acréscimos reservaram ainda uma falta para o lateral Forster chutar. Na escuridão, no literal apagar das luzes, ele cobrou na barreira e o apito de Daronco encerrou o jogo.