Na reta final do Campeonato Brasileiro, o Internacional foi surpreendido e ficará duplamente desfalcado nas quatro rodadas finais da competição. Nesta segunda-feira (9), veio à tona que Nilton e Wellington ingeriram substâncias proibidas, fato que acarretou em suspensão preventiva de 30 dias aos jogadores. O clube não corre risco de perda de pontos.

As substâncias flagradas no exame foram hidroclorotiazida e clorotiazida, ambas de caráter diurético. Nilton foi pego em dois jogos: diante do Corinthians, no Beira-Rio, pelo Brasileirão, e contra o Palmeiras, no Allianz Parque, pela Copa do Brasil. Wellington foi punido pelo teste positivo no primeiro confronto frente o Verdão, disputado com mando colorado.

O anúncio da suspensão dos meio-campistas aconteceu em uma entrevista coletiva convocada pela direção do Inter. Através do vice-presidente jurídico, Giovani Gazen, e do advogado Rogério Pastl, o clube afirmou que prepara a defesa dos sancionados: ''Os exames mostraram isso, o STJD nos comunicou hoje à tarde, e começaremos o trabalho de defesa. Já estamos exercendo a defesa prévia no tribunal'', disse o dirigente.

Pastl também deu sua versão sobre o caso e as próximas medidas que serão tomadas pelo Colorado: ''Efetivamente, agora começamos a trabalhar. Ainda não temos cópias dos laudos da amostragem. As duas substâncias são diuréticos que não se combinam. Neste momento, sendo bem objetivo, não temos a resposta de quais medicamentos causaram isso''.

O advogado do Inter explicou que o clube tem cinco dias para apresentar uma defesa prévia. O caso deve ir a julgamento no STJD e ainda caberá recurso ao Pleno da decisão em primeiro grau. A procuradoria do Tribunal se encarregará de realizar denúncia contra os jogadores e julgá-los. A pena pode chegar a dois anos de suspensão. Casos de doping normalmente são decididos na última instância jurídica, na Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suíça.