Logo no início, a atuação do Internacional diante do Fluminense, na tarde deste sábado, dava indícios de que um tranquilo triunfo colorado viria pela frente. Com três minutos de bola rolando, Vitinho abriu o placar para os gaúchos que, até boa parte da etapa inicial, encaixaram uma boa atuação. No final do primeiro tempo, Osvaldo foi expulso e deixou a situação ainda mais favorável.

O time de Argel Fucks, contudo, não soube aproveitar a superioridade numérica, e cedeu o empate para os cariocas em penalidade convertida por Cícero. Após o embate, questionado sobre a razão da queda de desempenho do time, o treinador elencou a atitude da equipe como um fator.

“O sistema tático é o mesmo, não mudamos. A atitude não foi a mesma, por isso não conseguimos a vitória. Tem alternância de exibição, ainda buscamos melhoras na parte tática e técnica. A saída do Lisandro nos prejudicou, que vem fazer marcação no volante. Precisamos mexer para nos adaptar, a saída do Nico também. O adversário também joga e tem qualidade. Se beneficiaram por um pênalti. Reconhecemos que não conseguimos repetir o mesmo ímpeto e organização", avaliou o comandante, que desviou ligeiramente da pergunta ao citar o controverso pênalti marcado a favor dos cariocas, em falta de Vitinho em cima de Magno Alves.

Aliado à vitória do São Paulo diante do Figueirense, o empate com o Flu deixou o Colorado mais distante da Copa Libertadores na próxima temporada. Para que a vaga fique no Beira-Rio, os porto alegrenses terão que vencer seu compromisso em casa contra o Cruzeiro e torcer por um revés do tricolor paulista com o Goiás na última rodada do Campeonato Brasileiro. Indagado se o fato de depender dos goianos contra o São Paulo o frusta, Argel chamou para si a responsabilidade pela situação.

"Quando depende só de você é mais fácil, temos que ter humildade de lembrar de onde pegamos Inter. Estávamos a quatro pontos, não é justificativa, viemos sem 11 jogadores importantes, titulares de Libertadores e ainda perdemos o Lisandro. A responsabilidade é minha, mas o campeonato não acabou. Se o Goiás ganhar amanhã, jogará por vitória. O campeonato prega peças. O Figueirense hoje ganhava até aos 45 minutos. Temos que fazer o nosso trabalho, o melhor resultado é o nosso", dissertou, novamente fugindo rapidamente da pergunta. 

Já o discurso dos jogadores colorados em relação ao jogo deste sábado teve um certo elemento de incredulidade. Pelo menos na fala de Paulão. O zagueiro afirmou que o tme diminuiu o ritmo depois de marcar o primeiro tento. Na sequência, não soube explicar o motivo de sua equipe ter sido pior quando tinha vantagem numérica. "Não sei o que aconteceu", disse.

Ernando também comentou sobre o descuido da equipe. O zagueiro citou um possível relaxamento do time, o que pode ter sido crucial no resultado final. Por fim, lançou mão de um discurso otimista, fazendo uma breve projeção de resultados que favorecem o Inter na luta por uma vaga na principal competição entre clubes da América do Sul.

"Talvez a nossa equipe possa ter relaxado, o que não poderia ter acontecido. Tem chance ainda, se o Goiás vencer o São Paulo e o Santos não somar. Vamos ver o término da rodada. O Santos pode ser campeão (da Copa do Brasil) e sair dessa disputa. É fazer o dever de casa e ver se temos chances", ponderou.

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