Depois de finalizada a primeira metade do campeonato, Joinville Portuguesa traçaram objetivos bem diferentes para a parte final do Campeonato Brasileiro da Série B. Depois de liderar no início, o clube catarinense teve uma leve queda de rendimento, mas abriu o segundo turno no G-4 e com boas perspectivas de conseguir o acesso.

Já a Portuguesa, mergulhada em uma crise, passou toda a competição na parte inferior da tabela e fechou o turno inicial na penúltima colocação. E no primeiro compromisso pelo returno, as duas equipes provaram que continuarão lutando em pontas opostas da tabela. O Joinville, mesmo jogando no Canindé, sofreu, mas arrancou uma vitória por 2 a 1.

A superioridade técnica dos catarinenses ficou demonstrada no placar em apenas 15 minutos, quando Jael abriu o placar. A Portuguesa tentou, mas, com muitas limitações técnicas, pouco ameaçou os catarinenses. Na segunda etapa, contudo, a Lusa melhorou e chegou ao empate. Quando o placar já parecia definido, aos 45 minutos do segundo tempo, o JEC encontrou o gol da vitória.

Com o triunfo, o Joinville atingiu os 36 pontos e assumiu a liderança provisória da Série B. Para lá se manter até o fim da rodada, o clube catarinense terá que torcer pelos seguintes resultados: empate ou derrota do América-MG contra o Vasco, empate ou derrota do Avaí contra o América-RN e derrota do Ceará para o Oeste. Todos esses jogos acontecem no próximo sábado (6).

Já a Portuguesa, segue mergulhada em uma crise que parece não ter mais fim. A Lusa é a penúltima colocada, com 17 pontos e apenas três vitórias em 20 jogos. Se, no próximo sábado, o Vila Nova vencer o Luverdense no Mato Grosso, a equipe da Capital Paulista encerrará a rodada na última colocação. No pior dos cenários, os lusitanos estarão a cinco pontos do último dos times fora do Z-4.

Ambas as equipes voltam à campo na próxima terça-feira (9), para mais uma rodada da Série B. A Portuguesa vai até Recife enfrentar o Santa Cruz enquanto o Joinville recebe o Paraná na Arena Joinville, em Santa Catarina.

Melhor, Joinville sai na frente no primeiro tempo

Que o Joinville era bastante superior tecnicamente, ninguém podia negar. Os números das duas campanhas evidenciavam a fragilidade do elenco paulistano em relação ao dos catarinenses e, em campo, isso ficou bastante claro. Mesmo jogando fora de casa, o JEC foi para o ataque, pressionou a marcação da Portuguesa e passou a se aproximar com alguma facilidade da meta lusitana.

Faltava, no entanto, um capricho maior, um maior cuidado com os passes, com os cruzamentos. E foi justamente quando o clube tricolor acertou o cruzamento, aos 15 minutos, que o placar foi aberto. Rogério encontrou Jael no meio da grande área e o atacante, como de costume, não perdoou: subiu mais alto que a zaga adversária e mandou para as redes.

Nos 10 minutos seguintes ao gol sofrido, a Portuguesa ensaiou uma ofensiva. Tentou criar jogadas rápidas, apertar a saída de bola, imprimir velocidade ao jogo, mas não encontrou os espaços necessários para tal. Logo, com certa resignação, a Lusa viu o Joinville voltar ao campo de ataque e criar novamente as melhores oportunidades.

O jogo aéreo era a principal arma dos visitantes para pressionar. Os cabeceios de Jael em cruzamentos de Edson Ratinho eram perigosos e a Portuguesa foi se segurando como podia. Para a sorte dos donos da casa, a superioridade provocou uma certa acomodação no adversário que, aos poucos, foi valorizando cada vez mais a posse de bola, foi se distanciando do gol lusitano e, assim, foi para o intervalo com a vantagem mínima no placar.

Portuguesa consegue o empate, mas gol no fim decreta nova derrota

O Joinville imprimiu um ritmo forte no início da segunda etapa. Logo aos dois minutos, Bruno Aguiar arriscou de longe com muita força e deu trabalho para Rafael Santos. Ele repetiu a dose quatro minutos depois, mas esse ânimo todo, logo passou. A acomodação do fim do primeiro tempo voltou a bater e os catarinenses voltaram a mais tocar que pressionar.

Uma mexida na Portuguesa, porém, mudaria o ritmo do jogo. Aos oito minutos, o atacante Serginho entrou no lugar de Djalma. Aos 10, avançou bem pela esquerda e bateu forte contra a meta de Ivan. Aos 12, levou cartão amarelo ao se desentender com Anselmo. De todo modo, com ele o ataque dos donos da casa passou a ser bem mais atuante, a aparecer mais e, claro, a criar mais.

A Portuguesa só precisava de uma bobeada da sempre atenta zaga do Joinville. E, aos 19 minutos, ela veio. Em cruzamento na área, o sistema defensivo catarinense falhou na marcação e Allan Dias aproveitou para marcar o gol de empate. Os minutos seguintes foram os melhores dos paulistas nas partidas. O JEC sofreu uma espécie de apagão que deu forças à Lusa, que se animou, criou e deu algum trabalho para o goleiro Ivan.

Autor do gol, Allan Dias teve outras boas oportunidades para virar o jogo, mas parou na falta de pontaria e no próprio Ivan. Pelo segundo tempo, se alguém merecia a vitória, definitivamente era a equipe da casa. Nos minutos finais, porém, ainda que jogasse em casa, a Lusa entendeu que o empate com uma equipe que briga pela ponta da tabela não era o pior dos resultados. Ainda continuou no ataque, mas de maneira mais cautelosa, para evitar o contra-ataque do adversário.

Mas, quando a fase não é boa, nada parece dar certo. Bastou dar ao Joinville uma oportunidade, um cruzamento, para que o goleiro Rafael Santos mais uma vez buscasse a bola no fundo das redes. Aos 45 minutos, Fabinho recebeu e, livre, pôde dominar e concluir com calma para marcar o gol da vitória dos catarinenses. A Portuguesa ainda tentou uma resposta, mas já era tarde demais.