Neste sábado (6), em partida válida pela 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, Náutico e Bragantino empataram sem gols na Arena Pernambuco, resultado nada agradável levando em conta as pretensões dos plantéis na competição nacional. Enquanto os alvirrubros permaneceram em 10º, foram a 28 pontos e se distanciaram do G-4 - O Vasco, time que fecha a faixa de acesso, soma sete pontos a mais que os pernambucanos -, os alvinegros seguem flertando com a zona de rebaixamento: estão em 16º, agora com 20 pontos, um a mais que Icasa e Oeste, clubes que abrem a faixa de descenso.

Timbu e Braga entram em campo na próxima terça-feira (9), em compromissos correspondentes à 21ª rodada do certame. Os comandados de Dado Cavalcanti visitarão o Vila Nova no Serra Dourada, já o elenco treinado por Paulo César Gusmão receberá o Avaí no Nabi Abi Chedid. Ambos os confrontos terão o pontapé inicial dado às 19h30m, horário de Brasília.

Primeiro tempo animado, mas sem gols

Os minutos iniciais mostraram uma partida morna e em ritmo lento, com as duas equipes se estudando e esperando o momento certo para atacar. Quem tomou a iniciativa foi o Náutico. Aos 11 minutos, o meia Cañete tocou em profundidade para o atacante Crislan e este chutou nas mãos do goleiro Renan. Não demorou muito para o Bragantino responder. Aos 13, em cobrança de falta, a bola foi alçada na área, o zagueiro Leonardo Moura cabeceou e quase abriu o placar.

No lado do time da casa, que apostava em sucessivas trocas de passes, Crislan e Vinícius eram os jogadores mais acionados. Já pelos visitantes, o meia Diogo Sodré e os atacantes Cesinha e Lincom eram as principais armas para efetuar um contra-ataque mortal. Aos poucos, grandes oportunidades de gol foram aparecendo e o jogo ganhou novos ares. Aos 34 minutos, Crislan pegou a sobra do escanteio e chutou rasteiro, mandando a bola à direita do goleiro Renan. Dois minutos depois, após escanteio cobrado por Geandro, o zagueiro Guilherme Mattis, livre de marcação, subiu e, de cabeça, mandou a pelota para fora.

O lance de maior perigo veio quando o relógio marcava 40 minutos: Crislan saiu na cara do gol e obrigou Renan a realizar grande defesa com os pés. O avançado deu bastante trabalho à defesa e ao arqueiro do Braga durante a primeira etapa. Mesmo envolvendo um time que sonha com a Série A e uma equipe que busca fugir do pesadelo da Série C, a partida mostrou um notável equilíbrio, tendo em vista que cada um mostrava eficiência em sua estratégia, mas pecava no último passe. Tais erros justificaram o placar em branco nos primeiros 45 minutos.

Igualdade no marcador persiste e não agrada às equipes

Apesar de jogar longe de seus domínios, o Massa Bruta foi o senhor do jogo no início da segunda etapa e fez o goleiro Júlio César trabalhar. Magno Cruz, Cesinha e Lincom pararam no arqueiro alvirrubro. Ciente das dificuldades que estavam surgindo, o Timbu também mostrou que queria a vitória e até chegou a balançar as redes aos 26 minutos, mas a arbitragem flagrou a irregularidade no lance: Roberto foi derrubado por Mota na entrada da área; Vinícius cobrou a falta, Renan rebateu e Sassá, em posição ilegal, cabeceou para o gol.

Conforme o tempo ia passando, a tensão entre os jogadores e os torcedores aumentava. A necessidade de construir o resultado se mostrava mais evidente e tal obrigação se refletia nos erros e nas limitações técnicas de ambas as equipes. O alto número de faltas obrigou o árbitro catarinense Rodrigo D'Alonso Ferreira a tirar os cartões do bolso para tentar manter tudo sob controle, mas as infrações não cessavam em momento algum.

Na reta final, o cansaço dos atletas era nítido e ninguém produzia mais alguma jogada perigosa. A bola parada passou a ser a principal arma para balançar as redes, mas a combinação de defesas atentas com ataques improdutivos manteve o marcador inalterado, algo nada satisfatório para os envolvidos.