A equipe do Náutico deixou a desejar e saiu do estádio do Arruda na tarde deste sábado (18) somente com um empate em 1 a 1 com o Bragantino conseguido nos acréscimos da etapa final, em partida válida pela décima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro 2016. Mas o técnico Alexandre Gallo não culpou os atletas pelo baixo rendimento: segundo o comandante timbu, o estado precário do gramado do José do Rêgo Maciel foi determinante para o resultado.

"O empate foi uma goleada para nós. Nenhuma situação criada, nem as substituições, deram certo. Mas 90% desse jogo ruim, sem medo de errar, foi por conta do gramado que não tem a mínima condição de jogar futebol. Esse gramado é péssimo. Com todo o respeito que eu tenho ao Santa Cruz, que nos cedeu o estádio, mas tecnicamente não se tem como jogar aqui. Ficou muito difícil, a confiança é um estado de espírito que vai aumentando de minuto a minuto. Mas a nossa, pelo contrário, foi diminuindo cada vez mais", desabafou Gallo.

Segundo Gallo, o gramado atrapalha o estilo de jogo do Timbu, basicamente com velocidade nos contra-ataques. "Nossa equipe precisa de um gramado bom porque nossos atletas precisam criar contra-ataques. Jogamos com velocidade lá na frente. Não conseguimos hoje, a bola batia na canela e saía. Deu tudo certo para o Bragantino e absolutamente tudo errado para a gente. A oscilação iria acontecer em algum momento, e aconteceu hoje", lamentou.

O estado do campo também teria sido determinante para as substituições do intervalo, em que o lateral-esquerdo Matheus Muller foi sacado do time e Gastón Filgueira, que começou a partida como volante, ocupou a lateral, e em que o atacante Tiago Adan entrou no lugar de Renan Oliveira. Segundo Gallo, as duas alterações foram para adaptar o estilo de jogo da equipe à condição do gramado.

"Fiz as alterações porque com o campo daquela maneira não conseguíamos trocar passes. Não conseguíamos fazer o contra-ataque como queríamos. Então precisaríamos de um cara que segurasse a bola lá na frente, como o Tiago Adan. Adiantamos o Maylson e o Nem pelo meio para tentarmos chegar por dentro, porque não conseguíamos fazer a triangulação lateral como estamos acostumados. Nossos gols são sempre pela linha de fundo. Mas hoje tivemos que jogar de maneira diferente. Tivemos algumas chances, mas o jogo foi basicamente em cima das bolas aéreas com o Tiago Adan", completou.