A situação do Náutico na briga por uma vaga no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro 2016 não é nada fácil. Com 31 pontos ganhos contra 38 do quarto colocado, uma vitória contra o Bahia, sétimo colocado com 35 pontos, é imprescindível para as pretensões do Timbu. Já o Esquadrão também precisa vencer para se aproximar do CRB, que atualmente ocupa a quarta posição. Nesse clima acirrado as duas equipes vão se enfrentar neste sábado (10) às 16h30 na Arena de Pernambuco.

O Alvirrubro vai para o embate com os ânimos renovados com a chegada de um velho conhecido do torcedor: o técnico Givanildo Oliveira, contratado após a demissão de Alexandre Gallo. E o novo comandante tratou de dar uma cara nova ao time, algo que agradou bastante o elenco timbu. Algumas peças foram mudadas nos últimos treinamentos, como na lateral direita, mas a principal mudança em relação à era Gallo será de posicionamento e de motivação.

No Bahia, a motivação também é grande devido à ótima campanha que o time vem fazendo no returno da Série B. Com 10 pontos conquistados em quatro partidas, e uma vitória importantíssima sobre o Vasco pelo placar mínimo na última rodada, o elenco comandado por Guto Ferreira pretende surpreender e conquistar mais um resultado positivo fora de casa apesar da empolgação do adversário.

Esperança no “Rei do Acesso”

A chegada do técnico Givanildo Oliveira, nome preferido da torcida alvirrubra após a queda de Alexandre Gallo, ao clube da Rosa e Silva trouxe uma nova onda de otimismo entre todos quecei fazem o Náutico. E Givanildo já chegou dando cara nova à escalação: em dois treinamentos coletivos realizados na última semana, algumas peças foram mudadas, como a lateral direita que agora conta com Walber, além de uma mudança no esquema do time que volta a jogar com três homens de frente.

Mas o que foi mais sentido no CT Wilson Campos nos últimos dias foi uma maior motivação do elenco timbu para a partida contra o escrete baiano. Era visível a insatisfação de alguns atletas com o antigo comandante. Com Givanildo, os sorrisos voltaram a ser vistos nos treinos. E o novo treinador espera que essa animação dos jogadores se reflita dentro de campo com gols e resultados positivos. E ele próprio se diz empolgado com o novo desafio.

“Tem o frio na barriga sim. É uma coisa natural, porque futebol é emoção. É diferente do torcedor, porque o torcedor é apaixonado, mas na sua profissão você tem que ter essa sensação, mesmo depois de muitos anos como profissional”, confessou, completando: “Temos que pensar jogo a jogo. Pelo empenho e dedicação do grupo, eu acredito muito na vitória. O Bahia é sempre difícil, mas não somos melhores e nem piores do que eles. Temos de encarar e fazer um grande jogo para sairmos vencedores”.

Em time que está ganhando se mexe o mínimo possível

No Bahia, o técnico Guto Ferreira fez mistério durante toda a semana, mas pelo que foi observado nos poucos momentos em que os treinos foram abertos à imprensa é que quase nada vai mudar em relação ao time que ganhou do Vasco. As únicas alterações se darão pela ausência do meia Renato Cajá, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e pela volta do lateral direito Eduardo e do atacante Allano, vindos de suspensão. Guto não confirma, mas tudo indica que Régis será o substituto de Cajá.

Apesar da confiança pelo bom momento, Guto preferiu adotar o discurso da cautela ao se referir ao Náutico: “Nós vamos enfrentar uma equipe que já era dirigida por um grande treinador, e hoje um outro profissional extremamente competente assumiu. Temos que estar muito focados, muito preparados para que, no momento do jogo, tudo possa ocorrer conforme o preparado, e que possamos nos impor para ter o controle e, a partir disso, possamos fazer o resultado”, afirmou o técnico.