Com uma atuação segura, apesar de tomar um susto, o Náutico foi ao Sul do Brasil sem intimidação e surpreendeu o Paraná na tarde deste sábado (24), no Durival Britto, em Curitiba. Longe dos seus domínios, pela 27ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro 2016, o Timbu levou a melhor ao vencer por 2 a 1, com gols assinalados por Rodrigo Souza Rony, quebrando assim um tabu de nove anos sem vencer os paranistas fora de casa; Fernando Karanga diminuiu pela Gralha.

O resultado positivo não somente deixou os alvirrubros próximos ao G-4, mas manteve também a invencibilidade de Givanildo Oliveira, já que a equipe foi aos 39 pontos - três a menos que o Londrina - e ficou na 10ª colocação. Os tricolores, contudo, seguem na 14ª posição e com os mesmos 33 pontos ganhos.

Os times voltam a campo, pela 28ª rodada da Segundona, na próxima semana. Enquanto os paranaenses vão até Goiânia jogar ante o Goiás no Serra Dourada, às 21h da quinta-feira (29), os pernambucanos vão receber o líder Vasco na Arena de Pernambuco às 16h do sábado (1º), em São Lourenço da Mata.

Náutico é mais eficaz e sai em vantagem

A necessidade de vencer era visível nos dois lados, com o nervosismo deixando o jogo equilibrado nos primeiros minutos de bola rolando e isso fez o pequeno público ficar um pouco impaciente. Apesar de fora de casa, o Náutico foi quem começou com mais disposição ofensiva e, com isso, teve a primeira boa chance. Marco Antônio bateu escanteio aberto na pequena área e Rafael Pereira subiu bem para o cabeceio, mas Marcos afastou pela linha de fundo.

Demonstrando não ficar abatido nos seus domínios e, motivado pelos torcedores, o Paraná foi para cima e tentou levar perigo, contudo não foi eficaz no arremate. Após boa troca de passes no setor de ataque, a bola sobrou com Guilherme Queiroz, que chutou fraco e para defesa segura de Júlio César no meio do gol.

Visando aproveitar contra-ataques, devido à superioridade do Timbu, a Gralha conseguiu equilibrar as ações e buscou opções para sair com vantagem em casa. Em jogada pelo lado do campo, Diego Tavares foi servido e disparou em velocidade. Sem marcação perto, o articulador tricolor encheu o pé, porém o arqueiro do Timbu fez boa intervenção e impediu a abertura do marcador.

Como quem não faz, leva, os pernambucanos foram mais eficientes e ficaram à frente no placar. Em contra-golpe fatal, Joazi rolou bem na entrada da área para Marco Antônio, que ficou muito atento ao lance e tocou com perfeição, pelo meio da defesa adversária, para Rodrigo Souza. Livre, o volante alvirrubro aproveitou bem a saída de Marcos e finalizou para o fundo do barbante.

Náutico amplia e toma susto, mas confirma triunfo

Para a etapa final, o Náutico teve a saída de Rafael Pereira, após levar uma pancada. No seu lugar, Givanildo optou por Igor Rabello e, nem mesmo com a mexida, o Timbu desistiu do ataque. Logo no primeiro minuto, Marco Antônio deu lançamento primoroso do círculo central para Rony, que saiu cara a cara com Marcos e finalizou para o fundo do gol.

O que já estava difícil para o Paraná, piorou quando Anderson Uchôa chegou dando entrada dura em Vinícius e recebeu o cartão vermelho direto. A inferioridade, tanto numérica como no placar, fez com que os paranistas não tivessem criatividade para atacar e levassem pouco perigo à meta dos alvirrubros.

Aproveitando a vantagem, o Timbu trocou passes e buscou espaço na defesa paranaense para tentar fechar de vez o caixão. Sem ter a força suficiente para marcar pela terceira vez, os visitantes viram os donos da casa irem ao ataque e diminuírem o placar. Após levantamento de falta pela direita, Fernando Karanga apareceu no meio da marcação e, de carrinho, estufou a rede.

O tento fez a Gralha ficar motivada na partida, buscando empatar a todo custo para evitar o vexame ante seus torcedores. Para evitar isso e voltar a jogar bem, o comandante dos pernambucanos promoveu a entrada de Yuri Mamute na vaga de Bérgson, que deu poucos sustos aos adversários. Mesmo assim, teve boa chance de marcar, quando o lateral Joazi arrancou com velocidade e chutou cruzado, com Marcos tirando com a ponta dos dedos e afastando para escanteio.

Nos minutos finais, os anfitriões seguiram persistindo para chegar ao empate, entretanto não conseguiram furar o bloqueio. Se em jogadas trabalhadas a conclusão era ineficaz, os mandantes buscaram tentar em lances de longe. Em um desses, Diego Tavares saiu livre e encheu o pé, obrigando Júlio César a fazer boa intervenção, segurando assim o resultado positivo.