A justiça determinou à rede Globo de televisão que deposite mensalmente valores a Antenor Angeloni, presidente do Criciúma, que atuou como fiador na contratação do jogador Wesley pelo Palmeiras no ano de 2012 e não recebeu o ressarcimento. A cobrança do processo é de R$ 21 milhões.

Comprado junto ao Werder Bremen da Alemanha, Wesley chegou com status de estrela que elevaria a qualidade da equipe. No entanto, o jogador logo se contundiu e teve o prosseguimento do trabalho interrompido. Apenas no ano de 2013 o meio campo conseguiu jogar e se destacar na campanha pela Série B, tornando-se peça fundamental.

Sua nova fase foi muito comemorada por torcedores e dirigentes, no entanto, o imbróglio jurídico tem gerado dores de cabeças à diretoria atual da equipe paulista que não se sente responsável por toda a situação, responsabilizando diretores da gestão anterior.

Sem condições de arcar com os valores combinados no acordo assinado por Angeloni e Arnaldo Tirone, presidente da época, o Palmeiras teve bloqueada uma parte do dinheiro que receberia da Globo pela venda dos direitos de transmissão dos jogos.

Essa verba retida impede também a equipe paulista de contar com um fundo de R$ 54 milhões que serviria como garantia na operação. Isso tem atrapalhado o planejamento dos atuais dirigentes que precisaram encontrar outras rápidas alternativas para arcar com os compromissos estabelecidos juntamente aos jogadores e fornecedores.

Embora o jogador siga treinando com o time, Wesley tem seu futuro indefinido no clube. Seu vínculo contratual vai até abril de 2015, o que possibilita, já em outubro, que o atleta assine um pré-contrato com outra equipe e saia do Verdão sem compensação financeira.

A princípio, as negociações para a renovação do vínculo foram iniciadas, entretanto, não houve acordo. Embora a diretoria não confirme oficialmente, se um acordo não for estabelecido até a abertura da janela de transferências para o mercado europeu, a intenção é vender o atleta o mais rapidamente possível. 

ZO