O Palmeiras entra no mês do seu centenário questionado e a um ponto da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Além do mau momento da equipe em campo, o presidente Paulo Nobre é pressionado por conta do aumento das dívidas, falta de patrocínios e reforços. 

O técnico Ricardo Gareca também começa a ser pressionado pela situação do time. Já são oito jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro e duas derrotas em clássicos, para Santos e Corinthians. O Verdão está com 14 pontos, um a mais que o Botafogo, o primeiro clube na zona do rebaixamento. No entanto, o treinador argentino conta com o apoio da diretoria e só há possibilidade de mudança no comando alviverde caso o próprio Gareca peça demissão.

Após o jogo contra o Atlético-MG no último domingo (10), Gareca se recusou a falar com a imprensa e foi passar o seu dia de folga na Argentina para visitar seus familiares. Um possível desentendimento entre o meia Wesley e o zagueiro Lúcio faz com que o clima fique ainda pior para a recuperação palmeirense na competição.

O clássico contra o São Paulo no próximo domingo (17), no Pacaembu, em São Paulo, é tratado com um “divisor de águas” para o Palmeiras. O Verdão faz promoção de ingressos para o jogo e espera se reabilitar com o apoio de sua torcida.

A demora na inauguração da arena Allianz Parque, antigo estádio Palestra Italia, e atritos com a parceira e construtora WTorre, além da perda de jogadores símbolos para rivais diretos, como os atacantes Barcos e Alan Kardec, por exemplo, fazem com que o presidente Paulo Nobre seja constantemente criticado. O mandatário alviverde já emprestou ao clube cerca de R$ 100 milhões. Conselheiros criticam esse ato e temem que o Palmeiras fique dependente de Nobre.

A Mancha Alviverde, principal torcida uniformizada do clube, protestou na noite de segunda-feira (11), em frente à casa de Nobre em Cotia, região metropolitana de São Paulo. Cerca de 100 torcedores entoaram cânticos contra o diretor-executivo palmeirense, José Carlos Brunoro, além de outros dirigentes encarregados de comandarem o futebol alviverde.

O meia Valdivia, antigo desafeto da torcida organizada, também foi lembrado com uma faixa fazendo referência a sua ida à Disney em meio à crise do Palmeiras. Os uniformizados pedem mudanças imediatas no comando do futebol e não admitem outro rebaixamento.

O presidente Paulo Nobre cortou relações com a Mancha desde março de 2013, quando houve um confronto de torcedores e jogadores em embarque na Argentina. O goleiro Fernando Prass chegou a ser atingido por uma xícara em meio à confusão. Desde o ocorrido, Nobre reforçou sua segurança.